Mãe de Kemilly Hadassa Silva, Suellen Roque, presta depoimento na DHBF sobre o desaparecimento da filha. Sob investigação por abandono de incapaz, Suellen enfrenta questionamentos sobre a trágica morte da menina. Detalhes do depoimento revelam o drama familiar e a busca pelo corpo da criança.

Na foto, Suellen da Silva Roque, mãe de Kemilly Hadassa Silva, de 4 anos. A criança foi morta pelo primo da mãe, Reynaldo Santos, que confessou ter matado e estuprado a pequena em Nova Iguaçu. — Foto: Beatriz Orle/ O Globo

Na tarde desta terça-feira, Suellen da Silva Roque, mãe da pequena Kemilly Hadassa Silva, de 4 anos, prestou depoimento na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). A mulher, visivelmente abalada, expressou sua dificuldade em lidar com a situação e afirmou estar tentando ser forte diante dos desafios.

Emocional à flor da pele

Suellen, acompanhada de dois advogados e uma amiga, enfrentou questionamentos sobre o trágico desaparecimento de sua filha. O delegado titular da DHBF, Mauro César da Silva Junior, destacou que a mãe será investigada por abandono de incapaz, já que deixou Hadassa sozinha em casa sob a supervisão de dois irmãos, de 7 e 8 anos, para comparecer a uma festa.

A noite fatídica

A mãe relatou à polícia que saiu para um forró por volta das 23h da última sexta-feira, retornando às 5h de sábado. Durante esse intervalo, a menina desapareceu, e ao chegar em casa, Suellen encontrou o portão completamente aberto. As circunstâncias do ocorrido levantaram dúvidas sobre a responsabilidade da mãe na segurança dos filhos.

Investigação em curso: O delegado ressaltou que a tipificação do crime ainda não foi definida, sendo que a mãe será investigada pelo ocorrido. A preocupação agora é entender o desdobramento do caso e determinar as implicações legais para Suellen da Silva Roque. A lei a considera a agente garantidora dos filhos menores.

Suspeito identificado

Reynaldo Rocha Nascimento, primo de segundo grau da mãe da vítima e suspeito do crime, foi detido após ser agredido por vizinhos no sábado. Com passagem por roubo, ele está sob custódia e é peça-chave nas investigações. As equipes continuam diligências para localizar o corpo da criança, que foi encontrado escondido em um saco de ração.

Desfecho angustiante

O desfecho da tragédia envolvendo Kemilly Hadassa Silva permanece incerto. A mãe, agora sob escrutínio legal, busca respostas sobre o que realmente aconteceu durante a noite fatídica. A comunidade aguarda os desdobramentos das investigações para entender as circunstâncias que levaram à perda trágica da pequena Hadassa.

A comoção social diante do caso reflete não apenas a tragédia em si, mas também a necessidade de reflexão sobre a segurança e responsabilidade parental. O desabafo de Suellen evidencia o drama pessoal que permeia essa história, enquanto a justiça busca esclarecer os fatos e encontrar soluções para essa dolorosa situação.