Líder do Hamas, Ismail Haniyeh, Morre em Teerã; Movimento Acusa Israel

Ataque Fatal em Teerã

Nesta quarta-feira, 31 de julho de 2024, o Hamas confirmou a morte de seu líder político, Ismail Haniyeh, em um ataque na capital iraniana Teerã. Haniyeh estava na cidade para a cerimônia de posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, quando foi atacado. A força dos Guardas da Revolução do Irã foi a primeira a anunciar o ataque, informando que Haniyeh e um de seus guarda-costas foram mortos na residência do líder palestino. O comunicado do Hamas descreveu o ataque como “um ato traiçoeiro sionista”.

Reações e Acusações

O governo israelense ainda não confirmou a responsabilidade pelo ataque. Entretanto, a reação internacional foi imediata e contundente. A Autoridade Palestina e países como Irã, Turquia e Rússia condenaram veementemente a morte de Haniyeh. O presidente palestino, Mahmud Abbas, chamou o assassinato de “ato covarde e perigoso” e apelou pela unidade entre os palestinos. A Irã reforçou sua posição de apoio à Palestina e prometeu retaliação, com o presidente Massoud Pezeshkian e o ayatollah Ali Khamenei acusando Israel de ter executado o ataque.

Repercussões Regionais e Internacionais

Diversos países reagiram ao ataque. A Turquia chamou o assassinato de Haniyeh de “desprezível” e criticou a política do governo israelense. O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Mikhail Bogdanov, considerou o ataque um “assassinato político inaceitável”. A China também condenou a ação e expressou preocupação com as consequências para a região. O Catar, que havia mediado negociações entre o Hamas e Israel, alertou para uma possível escalada de violência no Oriente Médio, atribuindo ao ataque um potencial de desestabilização.

Promessas de Resistência

A morte de Haniyeh não desanimou o Hamas. Abdul Salam, filho do líder falecido, garantiu que o movimento continuará sua resistência. Salam descreveu a morte de Haniyeh como um “martírio desejado” e prometeu que a luta palestina não cessará. A notícia do ataque gerou uma onda de solidariedade entre grupos aliados do Hamas, incluindo os rebeldes houthis do Iémen, que se comprometeram a apoiar a causa palestina.