Faculdade de medicina aborda LGBTfobia no trabalho

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A LGBTfobia, também conhecida como homotransfobia, é o termo utilizado para as violências cometidas contra a população LGBTQIA+. Ela se manifesta através de uma série de atitudes ou sentimentos negativos motivados pela orientação sexual e/ou sua identidade de gênero.

Um evento com a participação de convidados será promovido pelo Coletivo LGBT+ da Faculdade de Medicina FACERES, abordará os desafios da LGBTfobia no âmbito do trabalho e como enfrentá-los. As palestras estão agendadas para o dia 13 de novembro, a partir das 18h30. 

Para falar sobre esse tema Danielle Joia (técnica de handebol da FACERES e ex-atleta olímpica pela Seleção Brasileira), Dr. Gustavo Carneiro (cirurgião plástico e docente da disciplina de cirurgia da FACERES) e José Luiz Borges (educador físico, bacharel em direito e acadêmico da FACERES), vão fazer palestras expositivas.

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Segundo dados do Anuário de Segurança Pública divulgados em julho pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), as ocorrências de homofobia ou transfobia aumentaram 54%, passando de 316, em 2021, para 488, em 2022.

Os valores podem ser ainda maiores, uma vez que os estados de São Paulo e Rio Grande do Sul não responderam ao pedido de disponibilização dos dados de racismo.

Em relação à especificação do crime de racismo por homofobia, oito estados não informaram os casos: Amapá, Bahia, Maranhão, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

Na soma das unidades da federação que divulgaram os dados, as agressões contra gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros, travestis, intersexuais e demais membros da comunidade LGBTQIA+ subiram 13% entre 2021 e 2022. Foram 2.324 registros de lesões corporais em 2022, contra 2.050 ocorrências no ano anterior. Os seguintes estados não disponibilizaram informações: Acre, Bahia, Maranhão, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. O número de registros de homicídios contra a população LGBTQIA+ caiu de 176 em 2021 para 163 em 2022. No entanto, os pesquisadores enfatizam a subnotificação nos casos. 

Guilherme Gonçalves Andrade Silva, presidente do Coletivo FACERES LGBT+ e acadêmico da 17ª turma de medicina da FACERES, destaca a importância desses encontros. “Sabemos que a homotransfobia ainda é muito presente nas diversas áreas da vida das pessoas LGBTQIAPN+, seja no âmbito pessoal, profissional, acadêmico, enfim, seja explícita ou velada”.

Para o acadêmico, encontros como este, onde podem ser debatidos o tema proposto, trocar relatos sobre vivências e experiências é importante para construir ferramentas para que as pessoas possam conseguir enfrentar e combater esse transtorno. Com o avanço da democracia, felizmente criaram-se mecanismos de tentativa de coibição dessa triste “cultura” como algumas leis que incriminam a homotransfobia ou mesmo as que instituem a obrigatoriedade das cotas.   

O evento será no auditório da faculdade, é aberto ao público e gratuito.