Mercado de implante dentário deve alcançar US$ 3,4 milhões nas Américas em 2023

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O último relatório de mercado produzido pela Research and Market mostra que o mercado de implantes dentários em alguns países das Américas, abrangendo Argentina, Brasil, Canadá, Estados Unidos e México, deve alcançar US$ 3, 4 milhões em receitas neste ano. Em 2022, segundo a empresa de pesquisas, o mercado movimentou US$ 3,2 milhões. Até 2030, estima-se um crescimento anual composto (CAGR) de quase 9%, com um montante que deverá chegar a US$ 6 milhões.  

Em todo mundo, a estimativa é que o mercado de implantes dentários deverá atingir US$ 18 milhões em receitas até o fim desta década. Além de estimar as receitas deste e dos próximos anos, a Research Market também analisou dados do segmento em alta, como design, tipo de implantes, preços, procedimentos, materiais, componentes e principais locais onde o tratamento é realizado. Neste caso, são laboratórios odontológicos, hospitais e clínicas e hospitais especializados em estética dental. 

O crescimento e a popularização dos implantes – que são opção para o uso de dentaduras, quando ocorre a perda de um ou mais dentes – se deve à evolução dos materiais e técnicas utilizadas. Algumas dessas técnicas conseguem garantir menos tempo de tratamento e maior conforto aos pacientes.

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Com 12 anos de experiência na área de Odontologia, Gabriela Johana Montenegro Jaramillo Oliveira explica que uma das técnicas para implantes em áreas estéticas utilizadas em consultórios já possibilitam o implante imediato, logo após a extração do dente. Segundo a profissional, essa técnica vem sendo bastante utilizada em situações de perda dentária por reabsorção óssea avançada, cáries profundas abaixo da margem gengival, perfuração de raiz e fraturas recentes e tem sido bem aceita por parte dos pacientes, devido à redução do tempo de reabilitação, devolução da função e da estética desde a primeira cirurgia. 

“Na técnica utiliza-se o próprio arcabouço da extração como posicionamento tridimensional do implante, permitindo que a cicatrização do recém-extraído aconteça juntamente com a osseointegração do implante, diminuindo o tempo de tratamento e promovendo a estabilidade do nível gengival”, explica a dentista.

Gabriela Montenegro explica também que com o aperfeiçoamento da forma e do tratamento de superfície dos implantes, tornou-se possível a instalação de um dente provisório suportado no implante imediato recém-colocado, denominado carga imediata. Entretanto, vários fatores são determinantes para a execução desse protocolo, entre eles a estabilidade primária após a instalação do implante.

“Um correto planejamento, respeitando uma seleção criteriosa de pacientes e execução de técnica impecável, torna-se uma alternativa segura e previsível para o alcance de resultados satisfatórios, permitindo uma melhor preservação da reabsorção óssea pós-extração e tecidos moles (gengiva), estruturas importantes para o sucesso do tratamento”, ressalta.

Implantes dentários gratuitos são oferecidos pelo SUS 

Para quem precisa fazer um implante dentário e não pode pagar por um tratamento particular, o Sistema Único de Saúde, por meio do programa Brasil Sorridente, do governo federal, custeiam o tratamento na rede pública. Segundo informações do site Cartão SUS, para solicitar o tratamento é preciso ser maior que 18 anos, ter uma boa condição periodontal, possuir espaço protético e oclusão adequados, além de não possuir doenças sistêmicas.  

Outro critério exigido é possuir o Cartão SUS registrado em uma das cidades que possuam o programa Brasil Sorridente. Na cidade, é preciso buscar o posto de saúde mais próximo de casa e manifestar interesse pelo tratamento. Nesses locais, é possível agendar uma consulta com um especialista para avaliar a urgência do tratamento e solicitar exames. Essa consulta pode demorar de 30 a 90 dias. Casos como perda de dentes por conta de acidentes, ou perda de dentes importantes como os da frente, ou ainda, quando a mastigação está muito dificultada, têm prioridade.  

Os exames que costumam ser solicitados para avaliar a condição do paciente são: a radiografia panorâmica, que mostra a situação e altura do osso; e a tomografia computadorizada, em que é possível saber, com mais precisão, a altura e largura do osso, evitando surpresas desagradáveis e possibilitando um melhor planejamento cirúrgico.