Conexão. Entre as pessoas. Entre as coisas. Entre as pessoas e as coisas. Com o 5G, a quinta geração da internet, tudo estará conectado. “O seu relógio conectado com o seu celular, o seu celular conectado com o seu carro, o seu carro conectado com o seu ar-condicionado, o seu ar-condicionado conectado com a sua TV”, exemplifica o diretor de inovação Leonardo Reisman. Com isso, ao chegar em casa, você poderá encontrar o ambiente na temperatura que mais gosta, o seu programa de televisão favorito pronto para exibição e a sua bebida bem geladinha. E é importante ressaltar que você poderá ir para casa em um carro autônomo.
Parece coisa de filme futurista, mas esse futuro está bem próximo. A quinta geração da internet já é uma realidade em alguns países, como a China, e já está em funcionamento em ambientes como o Parque Tecnológico de Brasília, que montou um laboratório 5G para experimentos com a tecnologia. A expectativa é que as capitais brasileiras recebam essa inovação até julho do ano que vem. E que essa nova forma de conexão se torne realidade para a maioria dos brasileiros até 2028.
O Caminhos da Reportagem desta semana das Telecomunicações vai discutir as possibilidades dessa tecnologia que promete automatizar processos na indústria e na agricultura e possibilitar cidades mais inteligentes. Além disso, vai impulsionar a telemedicina, que já teve um grande avanço com a pandemia da Covid-19. “Quando eu soube da oportunidade de ter um médico pela telemedicina, eu achei muito bacana porque a nossa região é um pouco afastada da cidade”, conta a professora Luana Araújo, que mora em uma comunidade pesqueira no interior do Ceará.
Um mundo totalmente novo. Principalmente para quem viveu a evolução tecnológica, como a dentista Luciana Pacheco, que teve seu primeiro celular em 1998, quando era necessário receber uma carta autorizando a compra da linha telefônica. A filha Manuela, de oito anos, se surpreende com os aparelhos mais antigos e dispara “eu não conseguiria viver nessa época”.
O 5G promete conectividade e revolução econômica, social e na relação das pessoas com outras pessoas e com os aparelhos, a chamada Internet das Coisas. É muito mais do que uma simples evolução do 4G ou apenas mais velocidade de download, por exemplo. Mas o Brasil precisa avançar, já que o acesso à internet no país ainda esbarra em dificuldades estruturais, como a falta ou a baixa conexão em determinadas localidades. Indígenas do aldeamento Fulni-ô, do município de Águas Belas, no estado de Pernambuco, contam como a internet chega até eles e como é utilizada para fins educativos e para descolonizar as telas. “Usando a internet a gente está desmistificando esse conceito do índio genérico, o índio de cultura estática, aquele que fica só na mata”, explica o cineasta indígena Elvis Ferreira de Sá.
As aplicações da tecnologia, as dificuldades e possibilidades de inclusão social, bem como as reflexões sobre a segurança cibernética, estão em pauta no Caminhos da Reportagem deste domingo, dia 09 de maio. É às 20h, na TV Brasil.
Ficha técnica
Reportagem: Gracielly Bittencourt
Produção: Carolina Gonçalves
Imagens: André Rodrigo Pacheco
Apoio às imagens: Claiton Freitas
Auxílio técnico: Alexandre Souza
Edição de texto: Francislene de Paula
Edição de imagens e finalização: André Eustáquio
Arte: Felipe Leite