Caso Covaxin: Calheiros revela que Flávio Bolsonaro está sendo investigado

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Relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL) não irá “antecipar fatos”, mas está “compromissado com essa investigação”

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Reprodução
Flávio Bolsonaro pode estar envolvido no escândalo Covaxin, revela Renan Calheiros

Renan Calheiros (MDB-AL), senador e relator da CPI da Covid, revelou em entrevista ao jornalista Guilherme Amado, na manhã desta quinta-feira (08), que o filho do presidente da República,  Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) está sendo investigado pela comissão por um possível envolvimento no escândalo da vacina indiana Covaxin.

“O relator tem acesso a aspectos variados da investigação. E eu, como relator, fico obrigado a toda vez que há dúvida sobre o envolvimento de alguém, ou sobre uma relação indecorosa de alguém com seja lá quem for, você tem que perguntar”, disse Renan.

O relator da comissão se antecipou e ressaltou que não antecipará fatos, “mas eu queria te dizer que nós estamos investigando” um possível envolvimento do senador Flávio Bolsonaro .

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Segundo Calheiros, há “aspectos que precisam ser investigados (…) Eu estou compromissado com essa investigação, seja em qual direção ela puder caminhar”.

Entre os motivos listados por Renan, encontram-se uma fala do Flávio “numa intervenção na própria Comissão Parlamentar de Inquérito, confessou que teria levado o dono da Precisa [laboratório que intermediava a compra da vacina indiana] ao BNDES, né? Isso é a confissão de um crime. Advocacia administrativa [quando um servidor defende interesses particulares no órgão em que trabalha]. Isso não é competência de um senador da República. Levar um driblador da lisura e do dinheiro público [Francisco Maximiano, dono da Precisa] a um banco oficial para obter empréstimos não é correto do ponto de vista da atribuição de um senador. Isso foi uma confissão.”

Mesmo com a revelação, Flávio não é oficialmente investigado. Isso acontecerá “na medida em que você vai tendo conhecimento dos fatos e das provas e dos indícios”, finaliza Calheiros.

Fonte: IG