Perseguindo, e não encontrando, o centésimo ouro paralímpico do Brasil

Nem sempre as pautas do dia são definidas com extrema antecedência, mas alguns assuntos ficam ali guardados, esperando a hora de acontecer. Desde o começo da Paralimpíada de Tóquio, já sabíamos que um tema que não escaparia dos nossos olhos seria a centésima medalha dourada do Brasil em Jogos Paralímpicos. Para facilitar as nossas contas, já que chegamos ao Japão com 87 ouros, a conta seria arredondada com nosso 13º primeiro lugar na capital japonesa.

Com várias finais programadas para a segunda-feira (30), parecia que a marca definitiva estava destinada a acontecer. E o panorama ficou ainda mais promissor quando Claudiney Batista dos Santos levou o ouro no lançamento de disco F56 pela manhã. Restavam dois.

Porém, à noite, o 100 foi batendo na trave em sequência e com ele levou a pauta do dia. No tênis de mesa, Bruna Alexandre parou na chinesa naturalizada australiana Qian Yang, na decisão da classe 10.

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No atletismo, um centésimo separou Vinícius Rodrigues do primeiro lugar na prova dos 100 metros rasos T63, para atletas com comprometimento nos membros inferiores.

Alessandro da Silva também ficou com a prata no arremesso de peso F11, para atletas cegos.

Ainda veio um ouro, com Beth Gomes, no lançamento de disco F56, para atletas cadeirantes. O 99º, que deixa a bola na marca do pênalti para a terça-feira.

A cada vez que a gente levanta, a meta é a reportagem perfeita, a história real que parece que foi escrita para o cinema. O centésimo ouro teria sido isso. Porém, ao ver a alegria de Vinícius Rodrigues mesmo após perder o ouro por um centésimo e a emoção de Beth Gomes pelo ouro depois de ficar de fora da Paralimpíada do Rio em 2016, fico ainda mais convicto de que a melhor história é sempre a que aconteceu.

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