O Senado inaugurou hoje (15) um memorial em homenagem às vítimas da covid-19 no Brasil. A obra, de autoria dos arquitetos Vanessa Novais Bhering e André Luiz de Souza Castro, tem como premissa ser um lugar de acolhimento e de reflexão. O espaço é composto por 27 prismas, representando cada uma das unidades federativas. A solenidade de inauguração também foi marcada por discursos de homenagem a senadores vítimas da doença em meio à pandemia que já matou mais de 638 mil pessoas no país.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), destacou a existência do memorial como um espaço de solidariedade às famílias e amigos que perderam pessoas queridas. “Cada uma dessas vítimas deixou marcas em sua família, amigos e onde viveu. Cada um tinha sua história, sua cultura, sua expectativa e perspectiva de vida, infelizmente interrompidas por essa pandemia”, disse.
“Algumas mortes causaram comoção nacional, outras causaram sofrimento profundo em pessoas próximas. O memorial das vítimas da covid-19 no Brasil representa um ato simbólico de solidariedade às famílias dessas vítimas, espalhadas nas 27 unidades da federação. Famílias que perderam precoce e antecipadamente personagens de sua história”, acrescentou.
A solenidade contou com a presença dos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Rogério Carvalho (PT-SE), Daniella Ribeiro (PP-PB), Fabiano Contarato (PT-ES), Jean Paul Prates (PT-RN), Carlos Portinho (PL-RJ), Humberto Costa (PT-PE), Renan Calheiros (MDB-AL) e Nelsinho Trad (PSD-MS), entre outros.
A criação do memorial foi aprovada pelos senadores em outubro. O autor do projeto foi o senador Renan Calheiros (MDB-AL) com relatoria de Omar Aziz (PSD-AM). Ambos encabeçaram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que analisou ações adotadas pelo governo federal no combate à pandemia. A justificativa do projeto, segundo Aziz, é fazer um registro histórico do que aconteceu no Brasil desde o início da pandemia, em março de 2020.
“Estamos inaugurando o primeiro memorial de que se tem notícia nesse país às vítimas da pandemia. É um memorial não somente às mais de 638 mil ausências de compatriotas nossos. Também estará presente a lembrança de três colegas que nos deixaram: o senador [José] Maranhão, o senador Arolde de Oliveira e o querido senador Major Olímpio”, disse Randolfe, ao cobrar providências da Procuradoria-Geral da República (PGR), que recebeu o relatório final da CPI em outubro do ano passado.
Após os discursos, os senadores caminharam pelo espaço do memorial, localizado no anexo 2 do Senado. A ideia inicial era construir o espaço no espelho d’água em frente ao Congresso Nacional, mas, por ser uma área tombada pelo patrimônio histórico, o projeto foi levado para a parte interna do prédio.