Líderes do MDB de 11 estados declaram apoio a Lula já no primeiro turno em evento em SP

Partido tem a senadora Simone Tebet (MS) como pré-candidata a presidente. Entre os presentes no evento estão o senador Renan Calheiros (AL), o governador de Alagoas, Paulo Dantas, o senador Eduardo Braga (AM) e a senadora Rose de Freitas (ES).

Reunião entre MDB e PT em São Paulo pelo apoio à candidatura de Lula na Presidência já no primeiro turno — Foto: Patrícia Figueiredo/g1

Líderes do MDB de diversos estados se reuniram na tarde desta segunda-feira (18) na Zona Sul de São Paulo para declarar apoio à pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência. O MDB tem a senadora Simone Tebet (MS) como pré-candidata a presidente.

Segundo o senador Eduardo Braga, do Amazonas, representantes do MDB em 11 estados vão apoiar a candidatura de Lula já no primeiro turno.

“Estamos aqui representados por 11 estados e pelas lideranças das duas bancadas do MDB para dizer da nossa decisão, portanto, de caminhar com a candidatura Lula e Alckmin já no primeiro turno”, afirmou o senador Eduardo Braga (AM).

Estavam presentes no evento o senador Renan Calheiros (AL), o governador de Alagoas, Paulo Dantas, e os senadores Veneziano Vital do Rêgo (PB), Eunício Oliveira (CE), Rose de Freitas (ES), Lúcio Vieira Lima (BA), Marcelo Castro (PI), Edison Lobão (MA) e o presidente do diretório estadual MDB no RJ, Leonardo Picciani.

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Representantes do Pará (Elder Barbalho) e do Rio Grande do Norte (Garibaldi Alves) não compareceram, mas também estão com o grupo e se reuniram com a chapa na semana passada.

Ao lado de Lula, Braga discursou em nome do diretório estadual do MDB em 11 estados na sede da Fundação Perseu Abramo, na Zona Sul de São Paulo.

“Tomamos a decisão nos nossos estados de apoiar sua candidatura. Nós temos 11 estados representados do MDB comprometidos com o projeto de Brasil que todos queremos, com o fortalecimento da democracia, com a retomada do crescimento, com a retomada do emprego, renda e da Justiça social com o aspecto humanitário que este país precisa para que nós possamos ter a solidariedade e o enfrentamento da fome”, disse Braga.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que também estava na reunião, afirmou que respeita a candidatura de Simone Tebet, mas considera importante a união com o MDB.

“Essa decisão é muito importante não só para a candidatura do presidente Lula como para a democracia brasileira e para esse processo que estamos vivendo e que é muito diferente de todos os outros processos eleitorais que nós já vivemos no Brasil. Essa união de forças que acredita e luta pela democracia é fundamental para enfrentarmos esse momento.”

Representantes do MDB chegam para encontro com Lula em São Paulo nesta segunda-feira (18) — Foto: Reprodução/GloboNews
Representantes do MDB chegam para encontro com Lula em São Paulo nesta segunda-feira (18) — Foto: Reprodução/GloboNews

“E isso não traz demérito algum para candidatura já colocada pelo MDB para disputar as eleições. Quero aqui colocar o meu respeito e consideração à senadora Simone de quem fui colega por uma parte do meu mandato no Senado, à legitimidade do MDB para apresentar sua candidatura. Mas estamos num momento que nós temos que unir as forças democráticas e progressistas para evitar uma tragédia maior no Brasil. E penso que o momento é agora. Nós não temos muito tempo para fazer isso”, finalizou Gleisi.

Antes da reunião, o governador de Alagoas, Paulo Dantas, afirmou que o grupo irá “defender nas Convenções, vamos conversar com todos que fazem o MDB no Brasil para que o MDB marche junto para o fortalecimento da nossa democracia, e a gente entende que a candidatura do presidente Lula representa isso”.

Sobre o racha interno no MDB, Dantas informou que ainda estão ocorrendo conversas dentro do partido.

“Obviamente que a gente respeita a opinião de todos, mas o nosso ponto de vista é defender firmemente a candidatura do presidente Lula e a aliança já em primeiro turno.”

Aliança de esquerda

Partidos de esquerda que apoiam a pré-candidatura de Lula à Presidência da República pelo PT realizaram um ato em Diadema, na Grande São Paulo, no último dia 9.

As siglas que compõem a coligação Vamos Juntos pelo Brasil são PT, PCdoB, PV, PSOL, PSB, Solidariedade e Rede.

Lula (PT) disse neste sábado (9) que a fome e o desemprego enfrentados pelos brasileiros atualmente são causados “pela falta de vergonha na cara de quem governa esse país”.

A fala é uma referência ao presidente Jair Bolsonaro (PL), seu adversário na corrida eleitoral deste ano (veja mais aqui).

“Depois do PT ter acabado com a fome nesse país, a gente percebe que 33 milhões de brasileiros vão dormir sem ter o que comer, que 105 milhões de pessoas têm algum problema de insuficiência alimentar. Como é que se explica num país que é o terceiro produtor de alimento do mundo ter gente indo dormir sem comer, que as pessoas precisam enfrentar fila pra pegar um osso pra levar pra casa?”, disse Lula.

“Não é falta de capacidade produtiva, é falta de dinheiro e essa falta de dinheiro é causada pelo desemprego e o desemprego é causado pela falta de vergonha na cara de quem governa esse país”, declarou.

Apoiadores de Lula participam de ato com o candidato petista em Mauá, na Grande SP, neste sábado (9). — Foto: Reprodução/Youtube
Apoiadores de Lula participam de ato com o candidato petista em Mauá, na Grande SP, neste sábado (9). — Foto: Reprodução/Youtube

Além do petista e seu vice, o evento também conta com participação do pré-candidato ao governo de SP Fernando Haddad (PT), e do pré-candidato ao Senado pelo PSB, Márcio França, que nesta sexta (8) anunciou que deixou a corrida pelo Palácio dos Bandeirantes para compor a chapa de Haddad.

PT e PSB tentavam costurar uma candidatura única para o estado de São Paulo, no contexto da aliança nacional que escolheu Geraldo Alckmin (PSB) como vice na chapa Lula (PT) à Presidência. Mas antes, tanto Haddad quanto França sinalizavam que não abririam mão da disputa pelo cargo.

Nas últimas eleições, em 2018, França ficou em segundo lugar e perdeu para João Doria (PSDB) pela menor margem de votos na história de São Paulo. Doria obteve 51,75% dos votos válidos contra 48,25% de França.

Fonte: G1