A tentativa de comprometer o ministro do STF e do TSE envolveria Carla Zambelli, Walter Delgatti e o próprio ex-presidente Bolsonaro
Desde setembro de 2022, uma trama para comprometer o ministro do STF e do TSE, Alexandre de Moraes, teria sido formada. O objetivo seria flagrar Moraes em qualquer diálogo que pudesse pôr em questão sua imparcialidade como juiz e presidente do TSE, causando um escândalo e, assim, invalidando as eleições.
Em agosto de 2022, Jair Bolsonaro teve uma reunião fora da agenda oficial com o hacker Walter Delgatti Neto, intermediada pela deputada Carla Zambelli. Na conversa, Delgatti e Zambelli conversaram com Bolsonaro sobre supostas fragilidades técnicas das urnas eletrônicas.
Em setembro, Delgatti teria sido chamado por Zambelli para uma conversa com Bolsonaro. Nessa conversa, o presidente teria proposto a Delgatti que ele assumisse a autoria de um grampeamento ilegal de Moraes, que seria revelado mais tarde. A ideia era usar o hacker para criar uma nova Vaza-Jato, desta vez a favor de Bolsonaro.
Na suposta conversa com o hacker, Bolsonaro teria dito que já haviam interceptado mensagens internas entre Moraes e servidores da Justiça, nas quais o magistrado discorria sobre supostas vulnerabilidades das urnas e preferência pelo candidato Lula. Esse ponto seria explorado na imprensa para alegar a suspeição de Moraes e removê-lo da condução do processo eleitoral.
A reportagem da VEJA desta semana revelou que houve uma reunião entre Jair Bolsonaro, o ex-deputado Daniel Silveira e o senador Marcos do Val para propor o plano de gravar Moraes. No entanto, essa reunião ocorreu três meses após a suposta conversa entre Bolsonaro, Zambelli e Delgatti.
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Fonte: Veja