Pablo Marçal fala sobre Bolsonaro em sabatina da Revista Oeste
O empresário e candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, Pablo Marçal, foi o primeiro entrevistado da série de sabatinas da Revista Oeste, realizada nesta terça-feira, 10. Durante o evento, Marçal discutiu diversos temas relacionados à sua candidatura, incluindo a ausência de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro à sua campanha.
Marçal destacou que, apesar de não contar com o apoio de Bolsonaro, ele se sente confiante em relação ao eleitorado de direita. “Eu pensei que seria bem mais complicado [não ter apoio], só que o eleitor de direita não se sente como o de esquerda, que não pensa”, afirmou. Segundo ele, o eleitor de direita é movido por princípios, enquanto o eleitor de esquerda segue uma ideologia. “Ideologia é um telhado, princípio é um fundamento. O eleitor de direita é focado na liberdade. E a liberdade não tem dono.”
A relação de Marçal com Bolsonaro
Mesmo sem o apoio formal de Bolsonaro, Marçal revelou que ajudou o ex-presidente durante a campanha presidencial de 2022, sem solicitar nada em troca. “Eu ajudei o Bolsonaro sem pedir um vídeo para ele”, disse. O candidato afirmou que respeita muito o ex-presidente, mas que não deseja ser visto como alguém que depende dele para ter sucesso na campanha.
“Bolsonaro é o primeiro líder da direita que a gente tem, mas a direita não quer ser tachada como propriedade de alguém, e eu não quero assumir essa propriedade”, explicou Marçal, ao comentar sobre a liderança de Bolsonaro entre eleitores de direita. Ele acrescentou que a direita deve buscar mais líderes. “Acredito que a gente tem que levantar mais mil Bolsonaros. E a esquerda pira ao ouvir isso.”
A campanha de Marçal sem apoio de Bolsonaro
Durante a sabatina, Marçal mencionou que tem contato frequente com Bolsonaro via WhatsApp, mas que, até o momento, não houve apoio oficial à sua candidatura. O candidato admitiu que seria positivo ter Bolsonaro ao seu lado, mas afirmou que está liderando pesquisas de intenção de voto sem grandes recursos de mídia ou alianças políticas. “Estou na liderança da pesquisa, sem TV, sem padrinho, sem coligação, sem dinheiro público, sem rádio, isso está me mostrando uma grande fúria da sociedade”, comentou.
Marçal também se mostrou confiante de que sua campanha está ganhando força por ser independente de grandes influências e apoio político tradicional, destacando que a sociedade está buscando mudanças.
Marçal admite não ser o mais preparado para o cargo
Em um momento de autocrítica, Pablo Marçal declarou que, embora não se considere a melhor pessoa para ser o prefeito de São Paulo, acredita que é o mais preparado entre os candidatos disponíveis. “Deve ter 10 mil pessoas melhores do que eu, [eles] só não têm a coragem”, afirmou.
Ele mencionou que muitos candidatos podem até ser mais qualificados, mas que não conseguiram formar alianças ou ter a visibilidade necessária para participar da corrida eleitoral. Marçal concluiu afirmando que, apesar de reconhecer suas limitações, sente vergonha de seus concorrentes, considerando-se mais capacitado do que eles.