A classificação para o GP de São Paulo teve um episódio controverso que deixou muitos fãs e equipes perplexos. Lance Stroll, piloto da Aston Martin, se envolveu em um acidente logo no final do Q2, resultando em uma batida forte que danificou gravemente seu carro. O mais surpreendente foi a demora da FIA em acionar a bandeira vermelha, gerando críticas e questionamentos sobre a decisão da direção de prova.
Acidente e Demora da FIA
Na manhã deste domingo (3), durante os últimos momentos da classificação, Stroll perdeu o controle do seu AMR24 na Curva do Sol, logo após o famoso S do Senna. A batida foi tão severa que destruiu tanto a parte dianteira quanto a traseira do carro, levando à preocupação de todos os envolvidos. Apesar da gravidade do incidente, a FIA hesitou em acionar a bandeira vermelha imediatamente, acreditando que Stroll poderia conseguir retornar aos boxes por conta própria.
De acordo com a revista inglesa Autosport, essa decisão foi tomada porque o painel mostrava que o canadense estava tentando levar o carro de volta ao pit-lane, mesmo com a suspensão danificada. Acreditava-se que, ao evitar a bandeira vermelha, a FIA poderia continuar a corrida sem uma paralisação prolongada.
Onboard do Stroll no momento da batida, junto com a torre de classificação ao lado.
Demoraram muito para acionar a vermelha, visto que o Stroll tinha um dano terminal na asa traseira.
Porém, Verstappen ficou no Q2 no segundo seguinte, e o tempo era inviável para retorno. pic.twitter.com/o3mKzUJbff— Kevin Nicolas (@KevinNicolasPF1) November 3, 2024
Consequências para Outros Pilotos
O atraso na bandeira vermelha não apenas gerou uma situação confusa, mas também prejudicou o desempenho de outros pilotos, como Max Verstappen, que acabou ficando em 12º lugar. A equipe Red Bull expressou sua insatisfação, alegando que a decisão afetou a performance de Verstappen e complicou ainda mais sua corrida, que já estava marcada pela troca de motor.
Christian Horner, chefe da Red Bull, não hesitou em criticar a FIA, afirmando que a equipe se sentiu “prejudicada” pela demora na decisão. A situação se agravou ainda mais quando outros acidentes ocorreram na sequência, reforçando a necessidade de uma intervenção rápida da direção de prova.
A Resposta da FIA
A FIA, por sua vez, defendeu sua decisão de manter a pista sob bandeira amarela dupla antes de finalmente acionar a bandeira vermelha. Segundo a entidade, essa medida funcionou como uma bandeira vermelha local, forçando os pilotos a reduzir a velocidade no local do acidente e, assim, evitando maiores riscos.
O entendimento da FIA era de que a situação não demandava uma paralisação total até que fosse claro que Stroll não conseguiria levar o carro de volta. Somente após a confirmação de que o carro estava imobilizado devido à suspensão danificada a bandeira vermelha foi acionada. Essa justificativa, no entanto, não apaziguou os ânimos nas equipes afetadas, que exigem maior clareza nas decisões em situações críticas.
A Sequência de Acidentes
O acidente de Stroll não foi o único do dia; na sequência, Fernando Alonso e Alex Albon também se envolveram em batidas, o que levou à entrada do carro médico. Este cenário evidenciou a necessidade de uma resposta rápida da direção de prova, já que a segurança dos pilotos é sempre a prioridade máxima. A combinação de acidentes fez com que a FIA não tivesse escolha a não ser interromper a corrida, o que levantou mais questões sobre a sua gestão durante a classificação.
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