As negociações para elaboração do documento final da 26ª Conferência sobre as Alterações Climáticas (COP26) devem terminar somente amanhã (13), em Glasgow, na Escócia. Após duas semanas de conferência, a programação do evento foi finalizada hoje (12), mas os debates em busca de consenso sobre o acordo foram estendidos para a manhã deste sábado.
Os países tentam chegar ao acordo para atualizar as contribuições para a redução das emissões de gases até 2030. Além disso, também é discutida ajuda para os países mais pobres em relação a catástrofes naturais e limites aos combustíveis fósseis.
Brasil na COP26
Mais cedo, durante coletiva realizada no estande brasileiro na conferência, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, disse que o Brasil teve papel de articulador e que ainda há entraves no texto final da COP26.
Durante as 24 reuniões bilaterais, Leite disse que o país demonstrou preocupação com a falta de recursos para financiar a transição para a economia neutra em emissões de carbono no Brasil. Segundo o ministro, o custo seria de US$ 100 bilhões.
“O Brasil será construtivo, entender que os países, as regiões, os territórios mais vulneráveis devem ter acesso a esses recursos prioritariamente. É um acordo global que a gente tem que fazer de forma justa, que significa gerar empregos verdes nos territórios que ainda dependam de combustíveis fósseis para gerar sua energia. A gente entende que nós temos uma oportunidade de crescimento verde global”, disse o ministro.