O Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Galeão-Tom Jobim se transforma hoje (9) e amanhã (10) em um circuito da Stock Car, principal competição de automobilismo brasileira. Apesar disso, o aeroporto continuará funcionando normalmente, já que apenas umas das pistas de pousos e decolagens, a 10/28, ficará fechada durante a competição.
Segundo a Riogaleão, concessionária que administra o aeroporto, a 10/28 é a maior pista de um aeroporto comercial no Brasil, com 4 quilômetros de extensão, e a única em concreto protendido do país. O traçado do circuito inclui ainda pistas de taxiamento de aeronaves.
A outra pista, 15/33, continuará sendo operada para os pousos e decolagens previstos para este fim de semana. “É um momento histórico da primeira corrida da história do Brasil em um aeroporto”, disse o CEO da Stock Car, Fernando Julianelli.
Stock Car
O GP do Galeão é a terceira etapa das 12 previstas para este ano da Stock Car Pro Series, a categoria principal do esporte, que é disputada por nomes como os vice-campeões mundiais de Fórmula 1 Felipe Massa e Rubens Barrichello, o campeão mundial de Fórmula Indy Tony Kanaan, e Cacá Bueno, pentacampeão da Stock Car e piloto que batiza o circuito temporário.
Hoje estão previstos treinos e uma corrida de Stock Car Series, categoria voltada para jovens pilotos. As duas corridas da Pro Series serão realizadas amanhã.
Há dez anos, uma corrida de Stock Car não era realizada na cidade do Rio. O último GP carioca foi no extinto Autódromo de Jacarepaguá, em 2012, mesmo ano em que a pista foi desativada para a construção do Parque Olímpico da Barra da Tijuca, ou seja, o coração dos Jogos Olímpicos Rio 2016.
Desde então, o Rio de Janeiro não tem um autódromo. Havia um projeto de criação de uma nova pista para competições automobilísticas na floresta de Camboatá, no subúrbio carioca, mas a prefeitura desistiu da ideia devido aos impactos ambientais que seriam provocados (link: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-02/prefeitura-do-rio-desiste-de-criar-autodromo-na-floresta-de-camboata)
“O autódromo foi destruído e estamos há dez anos sem uma pista aqui no Rio. Todos aqui fizeram um esforço tremendo para trazer o automobilismo de volta para cá”, afirmou o piloto Cacá Bueno.