Forte tempestade deixa bairros sem luz
Na sexta-feira, 11 de outubro, uma forte tempestade atingiu São Paulo e diversos bairros da Zona Sul ficaram sem energia. No Jardim Maracanã, bairro do São Luís, moradores enfrentaram mais de 96 horas sem eletricidade, o que resultou em grandes prejuízos. Árvores caíram sobre residências, e até o início da segunda-feira, 14 de outubro, os técnicos da Enel ainda trabalhavam no local para restabelecer a energia.
O bairro sofreu com ventos de até 107 km/h, que causaram estragos em postes e fiação. Moradores relataram frustração com a falta de respostas tanto da Enel quanto da subprefeitura do M’Boi Mirim, que é responsável pela poda de árvores na região. Uma árvore caiu em cima de uma casa, mas até a manhã de segunda-feira não havia sido removida.
Moradores sofrem com perdas e incertezas
Com a demora no restabelecimento da energia, muitos moradores perderam alimentos perecíveis, como carnes e verduras. Sem alternativas, alguns buscaram a ajuda de amigos e familiares para tentar salvar o que ainda estava nas geladeiras. “Perdemos tudo que estava no freezer. Quem vai nos ressarcir?”, questionou um morador.
Apesar de não organizarem protestos, os moradores do Jardim Maracanã expressaram sua frustração com a falta de informações claras e a incerteza sobre quando a situação seria normalizada. “Estamos sem luz, sem informações e sem previsão de volta à normalidade. Perdemos alimentos, conforto e paciência”, afirmou Francine Ferola, residente do bairro.
Técnicos da Enel no local, mas problemas persistem
Na segunda-feira, equipes da Enel chegaram ao local e garantiram que a energia seria restabelecida durante a madrugada. No entanto, até o fechamento desta matéria, alguns trechos do bairro permaneciam sem eletricidade. Os moradores questionam o tempo de resposta da concessionária, que só enviou técnicos ao local após 72 horas do apagão.
Além dos danos materiais, os moradores do Jardim Maracanã enfrentam agora o impacto emocional de vários dias sem luz. “Foi um fim de semana inteiro sem energia. Tivemos que ir à casa de parentes para tomar banho e carregar nossos celulares”, comentou outro morador, frustrado com a situação.
Prejuízos e espera por respostas
A falta de energia não afetou apenas o cotidiano dos moradores, mas também os comerciantes locais, que relataram grandes perdas com o apagão. Estabelecimentos que dependem da refrigeração para preservar mercadorias sofreram com o desperdício de produtos.
Técnicos da Enel afirmam que as equipes receberam reforço de outros estados, como Rio de Janeiro e Ceará, para ajudar na resolução do problema. Ainda assim, o número de reclamações cresce e a paciência dos moradores se esgota. A concessionária prometeu contratar mais eletricistas para acelerar os reparos.
O que dizem as autoridades?
Até o momento, a subprefeitura do M’Boi Mirim não se pronunciou oficialmente sobre a remoção das árvores caídas. Segundo os moradores, a situação precária do serviço de poda de árvores agrava a vulnerabilidade da rede elétrica em tempos de tempestades severas, como a ocorrida na última sexta-feira.
A Enel, por sua vez, continua seus esforços para restabelecer a energia o mais rápido possível, mas os moradores já começam a questionar se haverá compensação pelos prejuízos acumulados nos últimos dias.