Representante da categoria afirmou que movimento de transportadores autônomos vai se reunir nesta segunda-feira para definir rumos do protesto
Caminhoneiros vão se reunir nesta segunda-feira (31) para deliberar sobre uma possível greve da categoria em protesto à vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação foi repassada à reportagem de O TEMPO por uma liderança do movimento de transportadores autônomos, que pediu sigilo. Já na noite neste domingo (30), algumas rodovias em Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso e Paraná já registram mobilizações.
Caminhoneiros eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL) fecham a BR-163, em Sorriso, no interior do Mato Grosso, na noite deste domingo (30). Eles reagem contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas pic.twitter.com/faxkXbvnf6
— O Tempo (@otempo) October 31, 2022
De acordo com o relato recebido pela reportagem, o encontro deve ser realizado logo pela manhã, para avaliar os rumos da mobilização. “Estamos acompanhando, monitorando. Ainda não tivemos tempo de reunir. Mas está sim acontecendo muito mais que uma manifestação de caminhoneiros. É uma manifestação de brasileiros em si”, declarou a fonte.
Segundo o representante do setor, o ato dos caminhoneiros é uma demonstração de protesto contra “abusos de poder do Supremo Tribunal Federal (STF)” que está culminando com uma insatisfação “já acumulada”. À reportagem, o homem afirmou que há manifestações na BR-101 em Santa Catarina, BR-277 no Paraná, BR-163 em Goiás. Também há um ato na BR-381, em Ipatinga, no interior de Minas.
“O caminhoneiro está manifestando a revolta daquilo que não veio a acontecer no 7 de setembro desse ano e do ano passado e agora temos uma eleição muito questionada e questionável”, citou o representante ao destacar a ausência de voto impresso, rechaçada pelo Congresso Federal.
Questionado sobre a possibilidade de greve da categoria, ele afirmou que há uma possibilidade de escalada do movimento, “principalmente com apoio da população”. “Estamos aguardando o pronunciamento do Exército, que fez uma auditoria das urnas e ainda não apresentou os resultados, seja pelo turno ou segundo turno”, acrescentou. A categoria também reclamou de uma possível negativa para voto em trânsito dos caminhoneiros.
Por fim, ele afirmou que a mobilização também é em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado no pleito.
Fonte: O Tempo