Depois de dez dias de ansiosa espera em Quito (Equador), os nove nadadores paralímpicos e o treinador Antônio Luiz Cândido da equipe de Indaiatuba (SP) desembarcaram nas primeira horas de hoje ( “Às três da madrugada já estávamos em casa. Mas, até mesmo na chegada aqui, apesar da saudade e da emoção, foi preciso manter a cabeça no lugar. A orientação era se resguardar para não ser um transmissor assintomático da covid-19 “ esclarece o técnico Antôio Cândido, mais conhecido como Maceió.
Também alivida, a atleta Cecília Araújo, já faz planos. “Agora é descansar. Manter a tranquilidade. E traçar novas metas”.
O grupo estava no Equador desde o último dia 3, participando de treinos preparatórios para competições classificatórias dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020. As setetivas seriam realizadas no CT da capital paulista, no início de abril, mas foram canceladas. As novas datas permanecem indefinidas.
A primeira etapa dos treinos no Equador ocorreu até o último dia 21, na cidade de Cuenca, a altitude de 2550m . Depois o grupo se deslocou até a capital Quito. “Foi necessário um replanejamento. Pois a quarentena já era total. E não podíamos usar nem a piscina do nosso hotel”, relata o treinador Maceió.
Alguns atletas tiveram problemas até com medicamentos. Foi o caso da nadadora Raquel Viel. “Graças a Deus chegamos. Se aquele período de confinamento se alongasse muito mais o problema poderia ter sido bem maior. Mas já está tudo certo. Comprei meus remédios. E agora é descansar e esperar novas orientações “ disse.
O retorno previsto para o dia 21 de março foi impossibilitado por causa das restrições de movimentação em virtude da pandemia do novo coronavírus (covid-19). No período de quarentena, o hotel foi fechado para hóspedes, mas aceitou manter a equipe, que havia chegado de Cuenca. As despesas foram pagas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e pela Prefeitura de Indaiatuba, no interior paulista. O grupo embarcou em um avião fretado pela Embaixada Brasileira no Equador na noite do último dia 30.