Ato ecumênico por Bruno Covas é realizado no Hospital Sírio-Libanês

Prefeito licenciado de São Paulo está internado desde 2 de maio para tratamento de câncer. Segundo o boletim médico, o quadro é irreversível.

Um ato ecumênico pela saúde de Bruno Covas, prefeito licenciado de São Paulo, foi realizado na noite deste sábado (15) em frente ao Hospital Sírio-Libanês, no centro da capital paulista. Representantes de diversas religiões participaram do ato, que durou 30 minutos e terminou com a oração Pai Nosso (assista acima).

Covas está internado desde o dia 2 de maio para tratamento do câncer no sistema digestivo com metástase nos ossos e no fígado. Segundo o boletim médico divulgado na sexta (14), o quadro é irreversível.

Com o afastamento de Covas do cargo, o vice-prefeito, Ricardo Nunes (MDB), assumiu a Prefeitura de São Paulo no último dia 4, por 30 dias.

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Representantes de diversas religiões aguardam início de ato em favor do prefeito Bruno Covas (PSDB) no Hospital Sírio-Libanês, no Centro da capital paulista — Foto: Roberto Paiva/TV Globo

Visitas

Mais cedo, o presidente municipal do PSDB em São Paulo, Fernando Alfredo, visitou Covas.

Na saída do hospital, Alfredo, que estava emocionado, disse que o prefeito licenciado é a “maior referência no PSDB”.

“Um exemplo de vida, igual o avô, a nossa maior referência no PSDB. Quem perde não é o PSDB, quem perde é o país. Sem sombra de dúvidas, o Bruno seria governador e seria presidente desse país. Ele era a nossa esperança, a esperança da nossa geração”, disse Fernando Alfredo

 

No início deste mês, o presidente municipal do partido fez uma tatuagem em homenagem a Bruno Covas, amigo de juventude. Ele marcou a pele com a assinatura do prefeito licenciado e o slogan da campanha para a Prefeitura de São Paulo em 2020, “força, foco e fé”.

Tatuagem de Alfredo em homenagem a Bruno Covas, feita no início do mês de maio. — Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Tratamento

Na segunda-feira (10), Covas havia iniciado uma nova etapa de tratamento, com a combinação de imunoterapia e terapia-alvo.

A imunoterapia é feita com medicamento que reforça o sistema imunológico do paciente, para que ele próprio combata o câncer. Já a terapia-alvo, um tratamento mais recente, é feita com outro tipo de medicamento, que identifica uma proteína que existe em células cancerígenas e ataca essas células.

Na semana passada, Covas passou também por sessões de radioterapia para ajudar a conter um sangramento na cárdia detectado em um exame (leia mais abaixo).

Em 2 de maio, Covas anunciou que faria um pedido de afastamento do cargo por 30 dias, para poder continuar o tratamento de saúde, e que o vice-prefeito, Ricardo Nunes (MDB), assumiria a gestão da cidade.

Primeiro diagnóstico em 2019

O prefeito licenciado foi internado pela primeira vez em outubro de 2019, quando chegou ao hospital com erisipela (infecção), que evoluiu para trombose venosa profunda (coágulos) na perna direita. Os coágulos subiram para o pulmão, causando o que é chamado de embolia.

Durante os exames para localizar os coágulos, médicos detectaram o câncer na cárdia, região entre o esôfago e o estômago, com metástase no fígado e nos linfonodos.

Covas passou por oito sessões de quimioterapia, que fizeram com que o tumor regredisse. Mas, segundo a equipe médica, não foram suficientes para vencer o câncer. Após novos exames, o prefeito iniciou o tratamento com imunoterapia.

Em janeiro de 2021, após ser reeleito nas eleições municipais e continuar no cargo, Covas anunciou uma nova fase de procedimentos no combate à doença.

Ele tirou uma licença de 10 dias, quando passou a ser submetido a sessões de radioterapia. Na época, estavam previstas 24 sessões de radioterapia complementares para o tratamento.

Em abril deste ano, exames apontaram novos pontos de câncer nos ossos e no fígado.