Ex-assessor de Renan Bolsonaro quebra o silêncio em depoimento à PCDF. Ex-assessor disse que teve um relacionamento “amoroso e romântico” com Jair Renan, o filho “04” de Bolsonaro.
Após uma revelação surpreendente no âmbito da Operação Nexum, o ex-assessor de Jair Renan Bolsonaro, Diego Pupe, deixou todos atônitos ao admitir um relacionamento “amoroso e romântico” com o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. O depoimento foi prestado à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na tarde de quinta-feira (14/9). A divulgação dessa informação tem potencial para impactar a política brasileira e atrair a atenção da opinião pública.
Ouça o áudio abaixo:
As revelações de Pupe sobre o envolvimento de Maciel Carvalho
Diego Pupe, no decorrer de seu depoimento, afirmou aos policiais civis que Maciel Carvalho, empresário de Jair Renan, deu a ordem para transferir a empresa RB Eventos a terceiros. Naquele momento, o filho do então presidente estava sob investigação da Polícia Federal, acusado de tráfico de influência e lavagem de dinheiro relacionados à firma. O depoimento indica que a RB Eventos e a 357 Cursos, empresa de aulas de tiro comandada por Maciel, funcionaram no mesmo endereço antes da transferência.
A transferência da RB Eventos para Marcos Aurélio Rodrigues, parceiro comercial de Maciel e proprietário da 357, levantou suspeitas na Polícia Civil, que agora investiga se Rodrigues é um “laranja” em um esquema ilegal. O fato intrigante é que a transação não envolveu pagamento, apesar de a empresa ter faturado R$ 4 milhões em apenas um ano.
Renan Bolsonaro tinha ciência das ações de Maciel, alega ex-assessor
Diego Pupe declarou ao Metrópoles que Renan Bolsonaro tinha conhecimento das atividades da empresa e das ações de Maciel Carvalho. Ele afirmou: “Eles são bem íntimos, né? Na imprensa mesmo, eles, enfim, me alfinetaram bastante; dá para ver o quanto eles estavam íntimos. Então, o Renan tem, sim, conhecimento do que o Maciel fazia.”
Fraudes e a rede de “laranjas” revelada pela investigação
A investigação da PCDF revelou a existência de uma associação criminosa que usava uma estratégia envolvendo terceiros, conhecidos como “laranjas”, para ocultar a verdadeira propriedade de empresas de fachada ou empresas “fantasmas”. Um desses “laranjas” foi identificado como Antônio Amâncio Alves Mandarrari, cuja identidade foi usada para abrir contas bancárias e figurar como proprietário de pessoas jurídicas.
A investigação também revelou que os suspeitos falsificavam relatórios financeiros e outros documentos das empresas envolvidas, usando dados de contadores sem o seu consentimento. Isso inclui a inserção de declarações falsas com a intenção de alterar a verdade sobre assuntos juridicamente relevantes. Além disso, os investigados mantinham movimentações financeiras suspeitas entre si, incluindo o possível envio de valores para o exterior.
As revelações feitas por Diego Pupe sobre seu relacionamento com Jair Renan Bolsonaro e as implicações dessas informações para as investigações em curso tornam esse caso uma questão política e judicial de grande destaque no Brasil. A sociedade agora aguarda ansiosamente mais detalhes e desdobramentos dessa história intrigante.