Autoridades dos EUA e de Cuba concluem negociações em Havana

Os dois países trataram sobre segurança no encontro bilateral

Publicado em 19/01/2023 – 22:55 Por Dave Sherwood e Matt Spetalnick – Repórteres da Reuters * – Havana/Washington

Uma delegação dos Estados Unidos em visita a Havana concluiu dois dias de conversas sobre questões de segurança com autoridades cubanas nesta quinta-feira (19), informou o Departamento de Estado norte-americano, na primeira reunião desse tipo desde que tais negociações foram interrompidas sob o ex-presidente Donald Trump.

As preocupações de Washington sobre o contraterrorismo estavam entre os itens da agenda, disseram autoridades norte-americanas. Trump colocou Cuba na lista dos Estados Unidos de patrocinadores do terrorismo pouco antes de seu mandato terminar em janeiro de 2021, e o governo Biden está revisando a classificação desde que assumiu o cargo.

As reuniões desta semana marcaram o renascimento do diálogo entre as autoridades, que fora iniciado em 2015 sob o ex-presidente Barack Obama, mas acabou interrompido em 2018 no governo Trump quando ele reverteu o histórico encerramento do bloqueio a Cuba.

Continua após a publicidade..

O presidente Joe Biden, que foi também o vice-presidente de Obama, começou a reverter algumas das políticas de Trump, mas manteve outras, insistindo que o governo cubano deve melhorar seu histórico de direitos humanos após uma dura repressão aos protestos de rua em 2021.

“Esse tipo de diálogo aumenta a segurança nacional dos Estados Unidos por meio de uma melhor coordenação internacional da aplicação da lei”, disse o Departamento de Estado em um comunicado. Mas não chegou a anunciar quaisquer acordos entre os inimigos da era da Guerra Fria.

O governo cubano não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Esperava-se que as conversas, que incluíam o Departamento de Estado, Departamento de Justiça e Segurança Interna, bem como autoridades de imigração e a Guarda Costeira dos EUA, se concentrassem no combate ao crime cibernético, ameaças terroristas e tráfico de drogas, entre outras questões.

Fonte: Reuters