O Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou nota na qual o governo se solidariza com os familiares das vítimas de incêndios florestais e da onda de calor que atingem diversos países europeus nas últimas semanas.“O Brasil reafirma seu compromisso com as metas assumidas pelo país no contexto da COP 26, sobre mudança do clima”, diz o documento.
Sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26), sediada em Glasgow, na Escócia, no ano passado, o Itamaraty lembrou que, na oportunidade, o Brasil elevou seu compromisso de redução de emissões de gases de efeito estufa de 43% para 50%, até 2030.
No encontro, o governo brasileiro também assinou o Compromisso Global sobre Metano, que tem como objetivo reduzir em pelo menos 30% as emissões globais desses gases até 2030.
“No momento em que diversos países se empenham na descarbonização de suas economias nacionais, Brasil segue contribuindo de maneira significativa para esse esforço coletivo da comunidade internacional no combate à mudança do clima”, ressalta a nota, divulgada na noite de segunda-feira (25).
Entre os exemplos da contribuição brasileira para o clima estão o lançamento do Programa Metano Zero, a criação do mercado regulado de carbono e a geração de hidrogênio verde para fornecimento a mercados externos.
Histórico
No último mês uma forte onda de calor em Portugal e na Espanha e em outros países da Europa e colocou o Reino Unido em alerta. As temperaturas no país atingiram a marca dos 40 graus Celsius (°C) e colocaram o país em alerta.
Até esse verão o recorde de temperatura no Reino Unido era de 38,7°C registrado em 2019 no Jardim Botânico Cambridge. Outros países como Portugal e Espanha também registraram incêndios florestais e calor acima dos 40°C.
Segundo o escritório europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma onda de calor extrema que trouxe temperaturas recordes para partes da Europa já causou mais de 1,7 mil mortes somente na Península Ibérica.
A agência de saúde da ONU acredita que o número de óbitos por calor aumentará ainda mais e destacou que a exposição ao calor extremo “com frequência agrava as condições de saúde preexistentes” e que “as pessoas em qualquer extremo da vida – bebês, crianças e idosos – estão em risco”.