O mundo da música brasileira está de luto. Nesta segunda-feira (13), foi confirmada a morte do baixista da banda Raimundos, José Henrique Campos Pereira, conhecido como Canisso, aos 57 anos. A informação foi divulgada pelo empresário da banda, Denis Porto, e comoveu fãs de todo o país.
Canisso era um dos fundadores do grupo, que ficou famoso nos anos 90 por unir ritmos populares brasileiros com o punk e o hardcore. A banda de Brasília emplacou hits como “Eu Quero Ver o Oco”, “Mulher de Fases” e “A Mais Pedida”. Ao todo, foram nove álbuns de estúdio ao longo de mais de 35 anos de carreira.
Segundo informações publicadas em seu perfil no Facebook, Canisso sofreu uma queda decorrente de um desmaio e foi encaminhado para um hospital. Infelizmente, ele não resistiu e acabou falecendo.
Canisso começou sua carreira como roadie, aprendendo a tocar instrumentos e trabalhando em shows na década de 1980. Foi durante um festival de música em sua escola que ele conheceu Digão, guitarrista do Raimundos. Mais tarde, ele seria apresentado a Rodolfo, vocalista da banda na época, e juntos começariam a tocar músicas dos Ramones na garagem de Digão.
Com essa formação, o Raimundos começou a tocar em bares e festas na região de Brasília. Canisso seguiu com a banda depois que Rodolfo o convenceu a ficar, e se tornaria um dos membros mais importantes do grupo ao longo dos anos.
Canisso deixa uma esposa, Adriana Vilhena, com quem teve quatro filhos. Em entrevista ao G1 em 2013, o baixista falou sobre a nova fase da banda e como eles estavam se desvencilhando do passado. Ele também destacou a identidade e qualidade do Raimundos nos palcos, transitando com facilidade por climas e estilos.
A morte de Canisso é uma perda irreparável para o mundo da música brasileira. O baixista deixou uma marca indelével em sua carreira, ajudando a moldar o som único do Raimundos e se tornando um ídolo para gerações de fãs. Seu legado continuará vivo através de sua música, que segue inspirando e emocionando pessoas de todo o país. Descanse em paz, Canisso.