Carro usado em tiroteio que matou empresário no Aeroporto de Cumbica é localizado em Guarulhos, com munições de fuzil

Veículo de onde teriam partido os tiros. — Foto: Arquivo pessoal

A vítima do atentado, Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, um empresário de negócios ilícitos e delator do PCC ao Ministério Público, foi morto em um tiroteio no Aeroporto Internacional de São Paulo. O carro utilizado pelos criminosos foi encontrado em Guarulhos, e as investigações apontam para execução.

Carro do crime encontrado com munições e colete balístico

O veículo utilizado no tiroteio que matou o empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi localizado em Guarulhos, na Vila Nossa Senhora de Fátima, próxima à Avenida Otávio Braga de Mesquita. O carro, um Gol preto, estava abandonado e em seu interior foram encontradas munições de fuzil e um colete balístico.

As autoridades acreditam que o assassinato tenha sido uma execução, em função da relação de Gritzbach com a facção criminosa PCC e sua colaboração com o Ministério Público de São Paulo, onde teria entregado diversos membros e esquemas ilícitos da organização.

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Empresário envolvido com o PCC e crimes de lavagem de dinheiro

Antônio Vinicius Lopes Gritzbach era um empresário ligado ao tráfico de drogas e ao crime organizado. Ele mantinha negócios no setor de bitcoins e criptomoedas, além de operar em esquemas de lavagem de dinheiro que envolviam a compra e venda de imóveis e postos de gasolina. O empresário era réu em processos relacionados a crimes financeiros e, nos últimos meses, cooperou com as investigações, entregando membros do PCC e esquemas criminosos da facção.

Gritzbach também teria mandado matar dois integrantes da facção em dezembro de 2021, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, que eram seus rivais dentro da organização.

O crime e os envolvidos na execução

Na tarde do dia 8 de novembro de 2024, Vinicius Lopes Gritzbach estava retornando de Goiás para São Paulo, acompanhado de sua namorada. O empresário foi surpreendido quando estava do lado de fora do Aeroporto Internacional de Cumbica, onde foi atingido em um ataque a tiros. Ele não resistiu aos ferimentos e foi declarado morto no local.

O filho de Gritzbach teria sido testemunha do crime. Segundo as investigações iniciais, o filho estava com um dos seguranças do empresário, que foi até o aeroporto para aguardar a chegada de Gritzbach. Outros três seguranças, todos policiais militares de São Paulo, estavam em outro carro, mas o veículo quebrou a caminho do aeroporto, o que atrasou a chegada deles ao local do atentado.

Investigação e desdobramentos do caso

A investigação do assassinato de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach está sendo conduzida pela Polícia Civil, já que o crime aconteceu na área externa do Aeroporto de Guarulhos. A DEATUR (Delegacia de Investigação de Crimes contra o Turismo) e o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) estão focados na apuração dos suspeitos foragidos.

Além disso, a colaboração de Gritzbach com o Ministério Público, sua influência nas células do PCC e seu envolvimento em extorsões envolvendo policiais civis de São Paulo devem ser levados em consideração nas investigações. Mais informações serão divulgadas conforme o andamento do caso.

Desafios para a polícia e próximos passos da investigação

A investigação segue complexa, com os suspeitos ainda foragidos. O fato de Gritzbach ter sido um delator e sua ampla conexão com o PCC complicam ainda mais as circunstâncias do caso. A polícia deverá continuar a interrogar os envolvidos e buscar informações sobre a execução do crime.

No caso do filho de Gritzbach e seus seguranças, mais detalhes serão apurados, incluindo possíveis testemunhas e registros de câmeras de segurança no aeroporto.

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