Um estudo revela insights inéditos sobre as técnicas de pintura utilizadas por Leonardo da Vinci para criar uma das obras-primas mais icônicas da história da arte.
Ao longo dos anos, a famosa pintura ‘A Mona Lisa’, também conhecida como ‘La Gioconda’, tem sido objeto de intensa investigação por especialistas em busca de revelações sobre seus segredos mais profundos.
Nesta ocasião, um estudo científico lançou luz sobre detalhes cruciais relacionados às técnicas empregadas por da Vinci na criação dessa obra-prima que transcende gerações.
Contrariando crenças estabelecidas, a pesquisa revela que o verdadeiro segredo não reside no enigmático sorriso da Mona Lisa, mas sim nos ingredientes cuidadosamente escolhidos para a elaboração da pintura.
Ingredientes e Experimentação Artística
Os pesquisadores dedicaram especial atenção aos elementos utilizados pelo renomado artista do Renascimento italiano, analisando minuciosamente as combinações de pigmentos empregadas para atingir os efeitos desejados e a característica textura da Mona Lisa.
De acordo com a publicação no Journal of the American Chemical Society, a pesquisa destaca que da Vinci experimentou “diferentes combinações de pigmentos” para alcançar a singularidade de sua obra.
A Assinatura Química Distinta
O estudo revela que a receita da tinta a óleo utilizada como camada base, preparando o painel de madeira de choupo, possui uma assinatura química única para a Mona Lisa. Cientistas e historiadores da arte na França e na Grã-Bretanha foram fundamentais para essa descoberta.
Entrevistado pela Associated Press, Víctor González, químico do CNRS, principal órgão de pesquisa da França, destaca a peculiaridade da técnica específica aplicada à camada base da Mona Lisa, ressaltando a natureza experimental e inovadora de Leonardo da Vinci.
Paisagem Revelada
Numa reviravolta fascinante, meses atrás, cientistas também revelaram detalhes da paisagem que serve como pano de fundo para a Mona Lisa.
Silvano Vinceti, pesquisador envolvido nesse estudo adicional, identificou a ponte desenhada no canto da pintura como correspondente a um ponto geográfico real, possivelmente a Ponte Romito ou Valle, na província de Arezzo, Itália.
Verificação Histórica e Geográfica
Embora ressalte a ausência de “verdades absolutas”, Vinceti, autor de cinco livros sobre a obra, afirma que a paisagem se relaciona com a Ponte Romito ou Puente del Valle, com base em documentos históricos e verificações geográficas sofisticadas.
Os resultados da pesquisa foram confrontados com detalhes históricos e verificações geográficas realizadas com tecnologia avançada, proporcionando uma visão mais profunda e precisa sobre a complexidade da Mona Lisa e a maestria de Da Vinci.