Facção criminosa ameaça operadores da plataforma e investidores buscam respostas
A busca por respostas após os estragos causados pela plataforma financeira Bybot, que resultaram em prejuízos milionários, tem movimentado investidores em uma corrida para localizar o CEO da empresa, Gustavo de Macedo Diniz, também conhecido como “Engomadinho do Bitcoin”. A trama se aprofunda com a revelação de que a facção criminosa carioca Comando Vermelho (CV) está envolvida, procurando não apenas Diniz, mas também dois membros-chave da equipe da Bybot, supostamente envolvidos na compra de criptomoedas para lavar dinheiro do tráfico de drogas.
À medida que o uso de moedas digitais para lavagem de dinheiro associado ao tráfico de drogas se intensifica, os números divulgados pela Chainalysis revelam um aumento de 68% na quantidade de criptomoedas movimentadas em atividades suspeitas entre 2021 e 2022. Um montante de US$ 23,8 bilhões foi identificado como parte desse processo, destacando a crescente sofisticação das práticas de lavagem de dinheiro por parte de organizações criminosas.
O impacto do golpe na plataforma Bybot reverbera por todo o mercado financeiro de moedas virtuais, com prejuízos que se aproximam de R$ 70 milhões. Gestores da empresa, responsáveis por cuidar de criptoativos de investidores distribuídos pelo Brasil, Estados Unidos e Europa, desapareceram, levando consigo todo o capital dos clientes. Registros policiais pipocaram em São Paulo e outras regiões, expondo vítimas não apenas no Brasil, mas também em outros estados e no Distrito Federal.
Gustavo de Macedo Diniz, o “Engomadinho do Bitcoin”, mudou drasticamente sua presença online e offline. O CEO da Bybot eliminou suas redes sociais, encerrou canais de comunicação e interrompeu saques na plataforma. Investidores estão impossibilitados de acessar os fundos depositados nas carteiras desde uma sexta-feira fatídica. Anteriormente ativo nas redes sociais e frequentemente realizando transmissões ao vivo, Gustavo, agora apelidado de “Engomadinho do Bitcoin”, é alegadamente rastreado até a Ásia, onde teria buscado refúgio.
Com uma lábia habilidosa e transpirando confiança, Gustavo Diniz costumava gravar vídeos para seus seguidores, aparentando que seus negócios eram seguros e estritamente legais. A principal atividade da Bybot consistia na arbitragem de criptoativos, um processo que reflete similaridades com o mercado de ações. Esse método envolvia negociar ativos a preços mais baixos e revendê-los em plataformas que pagavam valores mais altos, deixando a diferença como lucro.
A rápida fuga de Gustavo Diniz contrasta com sua vida de ostentação, contrastando sua trajetória com a de sua família em Mogi das Cruzes, São Paulo. O CEO vivia uma vida de luxo, viajando pelo mundo e ostentando sucessos financeiros. O golpe pegou muitos investidores desprevenidos, como um empresário do Distrito Federal que perdeu 15 mil dólares. Ele compartilhou a sensação de surpresa com a repentina queda da plataforma, juntamente com a desaparição de Gustavo dos canais de comunicação.
Enquanto a plataforma Bybot permanece inativa, a busca por Gustavo Diniz continua intensa, com especulações sobre seu paradeiro apontando para a Tailândia, onde ele supostamente estabeleceu uma operação alternativa da plataforma. O mistério em torno do “Engomadinho do Bitcoin” e sua fuga suscita dúvidas e incertezas entre os investidores prejudicados, refletindo um episódio marcante no universo das criptomoedas e finanças virtuais.