Começa greve de Metrô, CPTM e Sabesp; rodízio de veículos é suspenso em SP

Paralisação dos serviços começa à 0h desta terça-feira (3); governo de SP alega movimento “ilegal e abusivo”

Começou à 0h desta terça-feira (3) uma greve que afeta diretamente os serviços de transporte público em São Paulo. Metroviários, ferroviários e funcionários da Sabesp decidiram aderir ao movimento, que tem uma duração prevista de 24 horas.

Devido a essa paralisação, a Prefeitura de São Paulo tomou a medida de suspender o famoso rodízio de veículos na cidade. Além disso, determinou que toda a frota de ônibus esteja em operação durante todo o dia. Algumas linhas municipais de ônibus também tiveram seus itinerários ampliados ou suas frotas reforçadas para minimizar os transtornos causados à população.

Em resposta à greve, o governo de São Paulo anunciou que irá implementar “medidas de contingência” para reduzir ao máximo o impacto nas operações do transporte público sobre trilhos e nos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgotos na capital.

Quais linhas de transporte são afetadas?

A greve impacta diretamente várias linhas de metrô e trem em São Paulo. As linhas afetadas incluem:

  • Linha 1-Azul (Metrô)
  • Linha 2-Verde (Metrô)
  • Linha 3-Vermelha (Metrô)
  • Linha 15-Prata (Metrô)
  • Linha 7-Rubi (CPTM)
  • Linha 10-Turquesa (CPTM)
  • Linha 11-Coral (CPTM)
  • Linha 12-Safira (CPTM)
  • Linha 13-Jade (CPTM)

É importante notar que as linhas operadas pela iniciativa privada, como a 8-Diamante (trem), 9-Esmeralda (trem), 5 – Rubi (metrô), administradas pela ViaMobilidade, e a linha 4-Amarela (metrô), da ViaQuatro, não serão afetadas pela greve e continuarão operando normalmente.

Por que os sindicatos decidiram pela greve?

Os sindicatos responsáveis pela greve estão protestando contra concessões, terceirizações e privatizações que afetam as operações do Metrô, CPTM e Sabesp em São Paulo.

Em uma entrevista à CNN, o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou que a privatização foi uma decisão que refletiu a vontade das urnas. Segundo o governo paulista, a greve é considerada ilegal porque não foi convocada com o intuito de reivindicar questões salariais ou trabalhistas, mas sim para que os sindicatos atuem de forma que é vista como irresponsável e antidemocrática, opondo-se a uma pauta de governo que foi defendida e legitimamente respaldada nas urnas.

A greve representa um desafio significativo para a cidade de São Paulo, já que afeta um grande número de passageiros e serviços essenciais. O governo e os sindicatos continuam em um impasse, e a resolução desse conflito terá impactos significativos na vida cotidiana dos paulistanos. A população está atenta às negociações em andamento e espera uma solução que possa minimizar os transtornos causados por essa paralisação dos serviços de transporte público e fornecimento de água e tratamento de esgotos na cidade.