Companhias aéreas cancelam voos após ataques contra o Irã

As companhias aéreas Egyptair, do Egito, Etihad Airways e flydubai, dos Emirados Árabes Unidos, suspenderam ou desviaram voos para o Oriente Médio após uma série de ataques de Israel ao Irã neste sábado, 26 de outubro. A Egyptair cancelou todos os voos para Bagdá e Erbil, no Iraque, e também suspendeu o voo MS719 para Amã, na Jordânia, até que a situação seja considerada segura. Em comunicado, a Etihad Airways, com sede em Abu Dhabi, informou que está desviando vários voos devido a restrições no espaço aéreo da região, e a flydubai anunciou a suspensão de seus voos para a Jordânia, Irã, Iraque e Israel como medida preventiva.

Repercussão das companhias aéreas

A Etihad Airways declarou estar em contato constante com as autoridades para monitorar a situação, garantindo que “a segurança dos seus passageiros e tripulação” seja prioridade máxima. A companhia destacou que os voos para as áreas afetadas só serão retomados se considerados seguros, com previsão de possíveis atrasos e alterações nas próximas 48 horas. A flydubai também adotou medidas de precaução, redirecionando voos e cancelando operações para destinos onde a situação permanece instável, garantindo aos passageiros a máxima segurança.

• Egyptair: Cancelou voos para Bagdá e Erbil (Iraque) e Amã (Jordânia)
• Etihad Airways: Desviou voos devido a restrições de espaço aéreo
• flydubai: Cancelou voos para Jordânia, Irã, Iraque e Israel

Ataques e resposta do Irã

Na sexta-feira à noite, o Iraque fechou o espaço aéreo em resposta aos ataques, reabrindo após as incursões de Israel a três províncias iranianas, onde dois soldados foram mortos. Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irã reafirmou seu “direito legítimo de defesa”, enquanto diversos países árabes apelaram à “moderação” para evitar uma escalada. Os ataques israelenses visaram, de acordo com o governo, locais de produção de mísseis em retaliação ao lançamento de cerca de 200 mísseis do Irã em 1º de outubro, incluindo mísseis hipersônicos, elevando as tensões.

Contexto regional e tensões recentes

A crise atual reflete tensões acumuladas no último ano, especialmente pela guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza e pelo envolvimento do grupo libanês Hezbollah, aliado do Irã. Ambos os movimentos islâmicos são amplamente apoiados por Teerã, que fornece armamento e apoio financeiro, contribuindo para o aumento da instabilidade na região. A recente retaliação do Irã e as operações israelenses reforçam o cenário de escalada, com implicações para a segurança aérea e a mobilidade na região, que afeta tanto voos comerciais quanto civis.