Coreia do Norte descarta qualquer aproximação com o Sul e anuncia lançamento de satélites espiões em 2024

Líder norte-coreano Kim Jong-un rejeita qualquer aproximação e intensifica tensões com lançamento de satélites

O líder norte-coreano Kim Jong-un participa da 8ª Reunião Plenária do 8º Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, na sede do partido, em Pyongyang, Coreia do Norte, nesta imagem divulgada pela Agência de Notícias Central Coreana em 31 de dezembro de 2023. KCNA via REUTERS.
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Líder norte-coreano rejeita reconciliação com o Sul e anuncia lançamento de satélites espiões em 2024, intensificando tensões. Conheça os detalhes e implicações dessa decisão no cenário geopolítico atual.

O líder norte-coreano Kim Jong-un surpreendeu o mundo ao rejeitar categoricamente qualquer possibilidade de “reconciliação” com a Coreia do Sul. Durante a reunião plenária do comité central do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, o líder anunciou a decisão de lançar três novos satélites espiões em 2024, evidenciando um crescente desejo de confronto com o Sul.

“A tarefa de lançar três satélites de reconhecimento adicionais em 2024 foi declarada”, informou a agência oficial KCNA. Este movimento ocorre após dois fracassos em testes anteriores e sinaliza a determinação do regime em fortalecer suas capacidades de observação militar. Especialistas acreditam que a Coreia do Norte busca obter informações cruciais antes de um eventual conflito militar.

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Durante a reunião do partido, Kim Jong-un culpou os Estados Unidos e a Coreia do Sul pela “situação de crise persistente e incontrolável” na Península Coreana. O líder norte-coreano ordenou uma remodelação nas administrações responsáveis pelas relações com o Sul, visando “mudar fundamentalmente a direção” diante das atuais tensões.

As tensões entre as duas Coreias atingiram o ápice, interrompendo o processo de aproximação iniciado em 2018. Kim Jong-un afirmou: “Penso que é um erro procurar a reconciliação e a unificação com aqueles que nos chamam de ‘pior inimigo'”. A reaproximação entre as nações foi destruída, agravando ainda mais a instabilidade na região.

Em 2023, a Coreia do Norte realizou um número recorde de testes de mísseis balísticos, evidenciando sua determinação em fortalecer seu arsenal militar. A proibição imposta pela ONU não impediu o país de buscar tecnologia balística, sendo suspeita de contar com o apoio tecnológico da Rússia. A intensificação dos preparativos militares norte-coreanos preocupa a comunidade internacional.

Os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão responderam às ações norte-coreanas com uma cooperação militar reforçada, incluindo um sistema de partilha de dados em tempo real e manobras conjuntas. No entanto, a Coreia do Norte percebe essas ações como uma ameaça iminente e continua a considerar seus testes de mísseis como “contramedidas necessárias”.

Em meio a essa escalada de tensões, a região do leste asiático se torna palco de uma disputa geopolítica que demanda atenção internacional. A comunidade global observa com apreensão os movimentos da Coreia do Norte e aguarda desenvolvimentos que possam influenciar a estabilidade na região.