Corpos de Dom Phillips e Bruno Pereira foram encontrados amarrados em árvore em mata fechada próximo a local do desaparecimento

Autoridades ainda não confirmaram a informação. Os dois desapareceram dentro da Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas, há mais de uma semana.

A mulher do jornalista britânico Dom Phillips, Alessandra Sampaio, disse nesta segunda-feira (13) que os corpos dele e do indigenista Bruno Pereira foram encontrados. Eles estão desaparecidos há mais de uma semana na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas.

A informação ainda não foi confirmada pelas autoridades brasileiras. A associação indígena que denunciou o desaparecimento dos dois também não confirmou a localização dos corpos.

 

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Segundo Alessandra, após receber a informação, ela recebeu uma ligação da PF confirmando a localização de dois corpos, mas informando que eles ainda precisavam ser periciados para que a identificação pudesse ser feita.

Ainda de acordo com Alessandra, a Embaixada Britânica – que já havia comunicado aos irmãos de Dom Phillips a localização dos corpos do jornalista e do indigenista – ratificou a informação da PF.

O jornal britânico “The Guardian”, para o qual Dom Phillips trabalhou, afirma que a família do jornalista foi informada da localização de 2 corpos pelo embaixador brasileiro no Reino Unido.

“Ele não descreveu a localização e disse que foi na floresta e que estavam amarrados a um árvore e ainda não haviam sido identificados, disse Paul Sherwood, cunhado de Phillips, ao Guardian.

Quem são Bruno Pereira e Dom Phillips

 

Além de indigenista, pessoa que reconhecidamente apoia a causa indígena, Bruno Pereira é servidor federal licenciado da Funai. Ele também dava suporte a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari,(Univaja) em projetos e ações pontuais.

Segundo a nota da Univaja, Bruno era “experiente e profundo conhecedor da região, pois foi Coordenador Regional da Funai de Atalaia do Norte por anos”.

Dom morava em Salvador e fazia reportagens sobre o Brasil há mais de 15 anos para veículos como “Washington Post”, “New York Times” e “Financial Times”, além do “The Guardian”. Ele também estava trabalhando em um livro sobre meio ambiente com apoio da Fundação Alicia Patterson.

Dom e Bruno faziam expedições juntos na região desde 2018, de acordo com o “The Guardian”.

Críticas à demora nas buscas

 

Equipes da Marinha, Exército e Força Nacional foram enviadas à Atalaia do Norte para auxiliarem nas buscas pelos desaparecidos. O Governo do Amazonas também enviou uma força-tarefa da Secretaria e Segurança Pública do Estado composta por policiais civis e militares, além de mergulhadores do Corpo de Bombeiros.

As buscas contam, ainda, com o apoio de voluntários e comunitários e indígenas da região. As forças de segurança usaram embarcações e aeronaves nas buscas.

As famílias do indigenista e do jornalista fizeram apelos pela celeridade nas buscas. A família falou sobre a angústia na espera de notícias e disse que tinha esperança que os dois tinham sofrido um acidente.

Fonte: G1