Covid-19: associação de cruzeiros decide manter suspensão de temporada

A Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros (Clia) informou hoje (13) ter prolongado a suspensão voluntária das operações nos portos brasileiros até 4 de fevereiro.

A medida foi tomada após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter recomendado ontem (12) a suspensão definitiva da temporada de cruzeiros turísticos no país, em razão do “aumento exponencial” de casos de covid-19 nessas embarcações, principalmente entre os tripulantes.

A Clia já havia suspendido temporariamente as operações, depois que a Anvisa recomendou a medida em 31 de dezembro após verificar que o navio MSC Splendida, atracado no Porto de Santos (SP) e o navio Costa Diadema, atracado em Salvador, interromperam as atividades devido a surtos de covid-19 a bordo.

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Segundo a Clia, a decisão de estender a suspensão temporária, no lugar de uma interrupção definitiva da temporada, “tem como objetivo a continuidade das discussões com as autoridades competentes a fim de alinhar as medidas necessárias para a retomada dos cruzeiros”.

Em nota, a associação disse que o setor de cruzeiros adota protocolos mais rígidos do que a maioria das indústrias, sendo o único que monitora, coleta e relata continuamente os casos de covid-19 aos órgãos competentes. De acordo com a Clia, para embarcar todos os tripulantes e passageiros devem estar vacinados e apresentar testes negativos para a doença.

“Dada essa supervisão e a taxa excepcionalmente alta de vacinação exigida a bordo, a incidência de doenças graves é dramaticamente menor do que em terra, e as hospitalizações têm sido extraordinariamente raras”, disse a associação.

Segundo a Anvisa, contudo, somente até o dia 6 de janeiro foram reportados 1.177 casos positivos de covid-19 entre tripulantes e passageiros, caracterizando um forte aumento de casos nos navios.

Durante toda a atual temporada de cruzeiros, que se iniciou em novembro, a estimativa era que 360 mil turistas desembarcassem nos portos brasileiros, movimentando R$ 1,7 bilhão. Somente em um dos principais terminais de passageiros do país, o Píer Mauá, no Rio de Janeiro, estima-se que 25 mil turistas deixarão de circular até 21 de janeiro, data em que terminaria a primeira suspensão temporária.