Em visita hoje ao Hospital Federal de Bonsucesso e ao Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), conhecido como Hospital do Fundão, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a reabertura de pelo menos 135 leitos de UTI para pacientes com covid-19 nas duas unidades, além da contratação de 1,7 mil profissionais de saúde para os hospitais federais do Rio de Janeiro.
De acordo com o ministro, essas ações devem ocorrer nos próximos dias, em complemento à atuação da prefeitura e do governo do estado no combate à pandemia.
“Claro que o vírus é um inimigo imprevisível e nós não podemos baixar a guarda. O Brasil tem a sorte de ter o Sistema Único de Saúde (SUS), que tem uma organização tripartite, com governo federal, estados e municípios, por isso precisamos estar juntos”.
Queiroga também anunciou a prorrogação do custeio de mais de 14 mil leitos adultos e pediátricos para atender a pacientes com covid-19 em todo o país.
“Agora, nós temos um novo desafio em função dessa variante Ômicron. E, mesmo que os casos pareçam menos graves, não podemos menosprezar um vírus que já levou a óbito muita gente. É necessário reforçar a nossa estrutura de retaguarda, sobretudo em leitos clínicos e de UTI”.
Situação epidemiológica
No município do Rio de Janeiro, o contágio pela Ômicron dá sinais de que começa a diminuir, enquanto aumenta em outras partes do estado.
Os casos de covid-19 na cidade apenas nas primeiras quatro semanas do ano já passam dos 90% do total de casos registrados em todo o ano passado e chegam a 122% do registrado ao longo de 2020, primeiro ano da pandemia.
No momento, a capital registra 634 pessoas internadas por covid-19 na rede pública, após chegar a 956 na semana passada. O município do Rio de Janeiro teve 1.283 casos graves da doença este ano e 206 óbitos.
No país, os dados do Ministério da Saúde, atualizados na noite de ontem (28), indicam um total acumulado de 25 milhões de casos de covid-19 desde março de 2020, sendo 2,7 milhões registrados em 2022, o que corresponde a 12% da soma dos dois primeiros anos da pandemia.
O painel MonitoraCovid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que a média móvel de sete dias no registro de novos casos no país caiu a 3,1 mil por volta do dia 20 de dezembro, saltando para 182,2 mil na data de ontem.
Nos óbitos, que somaram 625.884 em toda a pandemia, a média móvel diária caiu abaixo de 100 no fim de dezembro e agora subiu para 474 mortes por dia na média, com 799 mortes registradas ontem no Brasil.