Com cobertura vacinal abaixo de 62%, o estado de São Paulo convoca toda a população que seja público-alvo a comparecer aos postos de saúde para vacinação contra a gripe. A campanha se encerra no dia 9 de julho e, entre os que foram chamados, apenas os indígenas estão totalmente imunizados.
Para reduzir aglomerações diante da pandemia da covid-19, o cronograma foi dividido em três etapas, mas mesmo quem foi convocado anteriormente, pode se vacinar agora. Esta é a terceira e última etapa da campanha e teve início em 9 de junho. O grupo desta fase envolve 5,1 milhões de pessoas, mas, até o dia 29, somente 651 mil se vacinaram.
Foram convocados na terceira etapa pessoas com comorbidades e com deficiência; caminhoneiros; trabalhadores portuários e de transporte coletivo; profissionais das forças armadas, de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional; população privada de liberdade e jovens e adolescentes sob medidas socioeducativas.
Números
A primeira etapa da vacinação contra a gripe começou em 12 de abril. Foram chamados: crianças, gestantes, profissionais de saúde, puérperas e indígenas. Um total de 5,5 milhões de pessoas, mas apenas 3,1 milhões aderiram à campanha.
No primeiro grupo, o que teve maior cobertura vacinal foi o das crianças, com 61,7%, seguido pelas puérperas, com 59,9%. Entre os profissionais de saúde, a adesão, até agora, é de 52,5% dos 815,2 mil convocados. Apenas 51,7% das gestantes, de um total de 226,1 mil no estado, foram aos postos de vacinação. Todos os 6,5 mil indígenas foram alcançados pela campanha.
A segunda etapa, iniciada em 11 de maio, envolveu 7,8 milhões de pessoas, mas somente 4 milhões compareceram aos postos de saúde. Mesmo entre os idosos, que costumam ter maior engajamento na vacinação contra a gripe, foram aplicadas 3,7 milhões de doses, com 51,7% de cobertura vacinal. Entre os professores, a cobertura, até o momento, é de 50,7%.
No ano passado, o estado de São Paulo teve 809 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) relacionados ao vírus Influenza e 119 mortes.
Covid-19 e cuidados sanitários
As pessoas que forem público-alvo da campanha da gripe e também forem convocados para a vacinação da covid-19 devem atentar para um intervalo de 14 dias entre as doses dos imunizantes.
A secretaria de Saúde de São Paulo sugere que, caso haja interesse em intercalar o cronograma, como a vacina contra a covid-19 é aplicada em duas doses, é possível receber a primeira, tomar a da gripe após 14 dias e depois esperar mais 14 dias, no mínimo, para receber a segunda dose do imunizante contra o novo coronavírus.
O governo paulista orienta que sejam seguidos todos os protocolos de prevenção, com salas de vacinação organizadas, sem aglomeração, garantindo o distanciamento entre mesas, profissionais e pacientes, além de álcool em gel disponível. A imunização contra a gripe deve ocorrer em separado da vacinação contra a covid-19.
Os profissionais, segundo a secretaria, também estão orientados a fazer a triagem de pacientes com sintomas respiratórios, como tosse, coriza e falta de ar. Quem estiver com tosse ou coriza, pode se vacinar e deve procurar o serviço de saúde em seguida, mas quem tiver febre ou mau estado geral, a aplicação será reprogramada após recuperação.