CPI irá acusar presidente de charlatanismo e curandeirismo; e como discordar?

(Crédito: EVARISTO SA / AFP)

Anotem aí, meus caros e minhas caras:

Charlatão (substantivo masculino): mercador ambulante que vende drogas e elixires reputados milagrosos, atraindo e iludindo o público. E por extensão: curandeiro que diz possuir remédios milagrosos.

Agora me digam: é ou não é a descrição perfeita de um certo devoto da cloroquina? Mas calma; tem mais:

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Curandeiro (adjetivo substantivo masculino): quem procura tratar e curar doentes sem habilitação médica oficial, e ger. mediante práticas de feitiçaria, beberagens. Benzedeiro, carimbamba.

Me digam novamente: é ou não é a descrição perfeita do maníaco do tratamento precoce?

A CPI da COVID acertou na mosca, e irá acusar Jair ‘Eu Sou o Centrão’ Bolsonaro de charlatanismo e curandeirismo. Eu iria além! Enquadraria-o no Art. 267 do CPP: causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos: Pena – reclusão, de cinco a quinze anos.

Sim, eu sei. O pai do senador das rachadinhas e da mansão de R$ 14 milhões, que custou apenas R$ 6 milhões, cometeu muitos outros crimes. Mas por ora, o assunto é cloroquina, ivermectina e reza brava.

Além das centenas de vídeos gravados em que o amigão do Queiroz propagandeia drogas ineficazes contra a Covid-19 – uma delas de acordo com o próprio fabricante – a Comissão Parlamentar de Inquérito, que investiga atos do governo desde o início da pandemia do novo coronavírus, colecionou uma quantidade imensa de provas e documentos que comprovam os crimes cometidos, em tese, pelo homicida golpista que nos desgoverna.

Acusação feita, provas irrefutáveis, caberá à Justiça – se Augusto Aras, aquele PGR (Procurador Geral da República) que não ‘procura’ nada e ‘esconde’ tudo deixar – a palavra final, já que medicina, ciência e laboratórios fabricantes já disseram tudo o que havia para dizer, mas que Jair ‘1000%’ Bolsonaro não quis ouvir.

Que aprenda, então, a lição na cadeia, lugar de curandeiros, charlatães e outros da mesma espécie.

Fonte: ISTOÉ