Retiro dos Artistas vira unidade do Sesc RJ com programação regular

O Serviço Social do Comércio (Sesc RJ) e o Retiro dos Artistas assinaram nesta terça-feira (13) parceria que estabelece que o centro cultural do lar de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, abrirá ao público com programação regular, beneficiando os residentes e a comunidade da região.ebcebc

O Sesc Retiro dos Artistas terá como propósito preservar a memória da cultura e do entretenimento brasileiro movimentando o espaço que recebe artistas idosos em alguma situação de vulnerabilidade social.

lista de atividades, que é extensa e ainda está em formulação, será publicada em breve e promete movimentar a rotina dos residentes e do público visitante. O projeto inclui apresentações de teatro e música, exibição audiovisual, biblioteca, exposição, circuito de dança de salão, atividades de estímulo cognitivo, arteterapia, escrita autobiográfica, cursos e atividades de economia criativa.

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No local haverá será instalada uma unidade móvel OdontoSesc, e recreação, além de doações de alimentos do programa Sesc Mesa Brasil. Também está prevista a produção de espetáculo inédito, com a coordenação do filósofo e educador Gabriel Chalita, tendo no elenco residentes do retiro e artistas convidados.

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O presidente do Retiro dos Artistas, Stepan Nercessian, durante solenidade de assinatura da parceria entre o Sesc-RJ e o Retiro dos Artistase. Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil

Segundo o Sesc RJ, o objetivo é expandir seu alcance à população da zona oeste da cidade e proporcionar aos moradores do lar o prazer do encontro e das atividades artísticas e culturais, além de contribuir para seu bem-estar físico e mental. Além disso, busca retribuir os residentes pelo trabalho realizado ao longo da vida no sentido de levar cultura e entretenimento para essa população.

O presidente do Retiro dos Artistas, Stepan Nercessian, comemorou a parceria assinada por 10 anos. “É um momento histórico para nós essa parceria. Sentíamos muita falta de uma parceria sólida. São duas grandes instituições que se juntam e com propósitos muito parecidos. O Sesc é totalmente identificado com a cultura. Peças virão para cá, não só para os residentes como para a comunidade de Jacarepaguá. Hoje temos 60 residentes”, conta.

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O presidente do SESC-RJ, Antônio Queiroz, durante solenidade de assinatura da parceria entre o Sesc-RJ e o Retiro dos Artistas. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O presidente do Sesc RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, disse que o Retiro dos Artistas representa o Sesc. “Conseguimos aqui condensar toda a missão do Sesc que é cultura, assistência, Deveríamos estar aqui há muito mais tempo. O diferencial daqui é a motivação pelo qual o retiro existe e a nossa ideia é reintegrar os residentes às nossas atividades. Eles têm muito a oferecer ainda.”

O ator Rui Resende, de 85 anos, mora há cinco no Retiro dos Artistas. “Eu acho essa parceria muito boa. Eu acho que é necessário porque vai aumentar o número de atividades. Vamos ficar em contato com a arte. Se tiver alguma coisa que me encante, eu vou participar. Que bom que o Sesc vem aí para dar uma sacudida maior ainda aqui”.

A bailarina argentina Morita Heredia, de 78 anos, mora há 60 anos no Brasil e completa um ano como residente do Retiro dos Artistas em outubro. “Amo morar no Retiro dos Artistas. Acho uma parceria muito boa com o Sesc. Eu sempre frequentava as festas e a piscina do Sesc porque meu ex-marido era comerciante”.

Retiro dos Artistas

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O ator Rui Resende, residente do retiro, participa da solenidade de assinatura da parceria entre o Sesc-RJ e o Retiro dos Artistas. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Retiro dos Artistas foi fundado oficialmente em 13 de agosto de 1918, mas teve essa data alterada para 24 de agosto em homenagem ao ator e encenador João Caetano, falecido poucos dias depois.

A data veio a ser proclamada Dia dos Artistas. A instituição atende dezenas de residentes entre atores, cantores, instrumentistas, produtores, figurinistas, maquiadores e outros profissionais em situação de vulnerabilidade e depende totalmente de doações e trabalho voluntário.

O terreno, localizado em Jacarepaguá, foi doado pelo jornalista e empresário tcheco Frederico Figner, pioneiro da indústria fonográfica no Brasil, que também foi proprietário da Mansão Figner, onde funciona atualmente a unidade Arte Sesc, no bairro do Flamengo, zona sul do Rio.