Uma fonte informou que os jornalistas foram capturados, vendados e levados por homens do Talibã
Dois jornalistas afegãos que trabalhavam para uma emissora de televisão local desapareceram após serem detidos pelos talibãs – anunciou um grupo de defesa da liberdade de imprensa nesta terça-feira (1º).
Waris Hasrat e Aslam Hijab, dois repórteres da Ariana TV, foram detidos pelos talibãs na segunda-feira (31) e “levados para um local secreto”, anunciou a Associação de Imprensa Afegã, criada recentemente.
Um porta-voz dos talibãs disse à AFP não ter informações sobre esses desaparecimentos.
Sem fazer referência aos talibãs, um responsável da Ariana, que pediu anonimato, disse à AFP que os dois jornalistas foram capturados por homens armados e com o rosto coberto em frente ao prédio da emissora, quando saíam para almoçar.
Os talibãs prometeram à associação que uma “investigação completa” será feita, acrescentou a mesma fonte.
Prisão injustificável
A Anistia Internacional condenou a prisão “injustificável” dos dois repórteres.
“Os talibãs têm de libertá-los imediata e incondicionalmente”, tuitou a ONG.
Desde que chegaram ao poder em agosto passado, os talibãs reprimiram vozes dissidentes, prendendo seus opositores e dispersando as manifestações contra seu regime. Vários jornalistas afegãos foram agredidos enquanto cobriam esses protestos, proibidos pelas autoridades.
Em janeiro, duas ativistas feministas foram sequestradas de suas casas em Cabul, depois de terem participado de uma marcha, relataram suas companheiras. Os talibãs negam qualquer envolvimento.
Um respeitado professor universitário afegão crítico dos talibãs ficou preso por vários dias em janeiro, até ser solto graças à pressão da imprensa.
Fonte: Rádio Jornal