Dólar e bolsa fecham estáveis com redução de bloqueios


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A redução dos bloqueios nas estradas de todo o país e o início dos trabalhos de transição para o governo eleito fizeram o mercado financeiro destoar do exterior e ter um dia de alívio. O dólar e a bolsa de valores fecharam praticamente estáveis, após enfrentarem volatilidade ao longo das negociações.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (3) vendido a R$ 5,126, com alta de apenas 0,14%. A cotação iniciou o dia em forte alta, chegando a R$ 5,21 por volta das 9h30, mas recuou com a entrada de fluxos estrangeiros no país. Na mínima do dia, pouco antes das 13h, a divisa chegou a R$ 5,08.

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O real teve melhor desempenho em relação a outras moedas de economias desenvolvidas. O euro comercial fechou a R$ 4,999, com queda de 1,13% e abaixo de R$ 5 pela primeira vez desde 28 de fevereiro de 2020, pouco antes do início da pandemia de covid-19. A libra esterlina comercial encerrou a R$ 5,71, com queda de 2,09%.

No mercado de ações, o dia começou tenso, mas terminou com estabilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 116.896 pontos, com recuo de apenas 0,03%. O indicador chegou a cair 2,09% por volta das 10h20, mas recuperou-se após a abertura do mercado norte-americano.

O dólar teve um dia de alta em todo o planeta, ainda repercutindo o aumento de 0,75 ponto percentual dos juros básicos norte-americanos, decidido ontem (2) pelo Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos). Taxas altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil, mas a redução dos bloqueios nas estradas e o início da transição para o próximo governo provocaram a entrada de fluxos externos.

Nesta tarde, o coordenador da equipe de transição, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, participou de uma rápida reunião no Palácio do Planalto com os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos. Do lado do governo eleito, também participaram do encontro a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-ministro Aloizio Mercadante.

*Com informações da Reuters