Drones da Ucrânia Atacam Seis Regiões Russas e Destroem Aviões

Kiev sofre com onda de mísseis poderosos enquanto drones atingem regiões russas

A intensificação da guerra aérea entre Ucrânia e Rússia ganha destaque nesta quinta-feira, à medida que ambos os lados relatam intensos ataques de mísseis e drones. A capital ucraniana, Kiev, enfrenta o pior ataque aéreo desde a última primavera do Hemisfério Norte, resultando em tragédias e destruição. Ao mesmo tempo, as regiões russas experimentam a ação coordenada de drones atingindo diversas áreas.

Equipes de resgate trabalham em local atingido por míssil nos arredores de Kiev. — Foto: Anatolii Stepanov/AFP

O rastro de destruição é visível em Kiev, onde a cidade enfrenta o impacto devastador de mísseis e escombros. Dois cidadãos perderam suas vidas devido à queda de destroços resultantes dos ataques, revelando a gravidade da situação. Paralelamente, imagens publicadas pelo governo russo ilustram aviões militares destruídos, consequência de bombardeios perto da fronteira com a Estônia.

No centro das operações, a Ucrânia relata uma vitória momentânea em meio ao caos, com sua defesa antiaérea derrubando mais de 20 mísseis de cruzeiro e interceptando vários drones explosivos. A magnitude do ataque é classificada como a pior nos últimos meses, com três explosões distintas reverberando às primeiras horas da manhã. Uma onda composta por 28 mísseis de cruzeiro e 16 drones varreu os céus, deixando um rastro de devastação.

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Simultaneamente, as regiões russas tornaram-se alvo de uma investida coordenada de drones. Seis áreas do país foram atacadas durante a madrugada, incluindo um aeroporto estratégico que abrigava aeronaves de transporte militar. O aeroporto de Pskov, situado a uma curtíssima distância da fronteira com a Estônia, sofreu um impacto direto, resultando em danos substanciais a quatro aviões militares de carga Il-76.

Nas regiões russas, os drones ucranianos protagonizaram uma tentativa de ataque, que foi prontamente contida. Apesar da não ocorrência de ferimentos nos ataques em solo russo, o Ministério da Defesa anunciou que oito drones ucranianos foram interceptados em cinco regiões distintas ao sul e sudoeste de Moscou. Entre elas estão Bryansk, Oryol, Kaluga, Ryazan e o distrito de Ruza, situado nas proximidades de Moscou.

Os ataques aéreos deixaram marcas visíveis na cidade de Pskov, onde o governador Mikhail Vedernikov compartilhou vídeos nas redes sociais, mostrando um incêndio de grandes proporções iluminando o céu noturno. As imagens também capturaram defesas aéreas em ação, respondendo aos drones inimigos que se aproximavam perigosamente.

Não é apenas a estrutura física que está em jogo nesse conflito. A região de Pskov, na Rússia, é conhecida por abrigar uma divisão de paraquedistas das Forças Armadas do país, que esteve envolvida no trágico massacre de civis no ano anterior, na cidade ucraniana de Bucha. A proximidade com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) adiciona uma dimensão geopolítica tensa à situação.

Com o passar do tempo desde o início da invasão, a Rússia modificou sua abordagem, reduzindo os ataques sistemáticos às cidades ucranianas. A escassez de recursos e o reforço das defesas ucranianas desempenharam um papel nesse ajuste. Por sua vez, a Ucrânia respondeu com uma estratégia diferente, intensificando os ataques com drones nas terras russas.

Em mais um capítulo deste conflito aéreo, Moscou relata a destruição de embarcações ucranianas no Mar Negro, com dezenas de soldados a bordo. As águas se tornaram um campo de batalha adicional, marcado por ataques a “embarcações militares de alta velocidade” que transportavam unidades de operações especiais ucranianas.

Nas primeiras horas da madrugada, na região costeira, as defesas russas conseguiram neutralizar um “ataque de drone marítimo”, próximo à baía de Sebastopol, na Península da Crimeia. A situação permanece fluida e complexa, com ambos os lados empregando táticas aéreas e marítimas para avançar suas agendas nesse conflito em evolução constante.