O programa Caminhos da Reportagem desta semana aborda os efeitos catastróficos das mudanças climáticas, destacando que o Brasil precisa rever como tratar os eventos causados pelo aumento da temperatura da Terra. O episódio vai ao ar pela TV Brasil neste domingo (23), excepcionalmente às 21h30.
Com o aumento da temperatura em 1,5º C, já se pode observar geleiras descongelando, mares avançando, chuvas extremas, inundações e deslizamentos, secas onde havia abundância de água. O Caminhos da Reportagem desta semana mostra que esses eventos têm sido mais frequentes e deixado vítimas e destruição por onde passam.
Apesar de ter a maior floresta tropical do mundo, o Brasil tem altas taxas de emissão de CO2 na atmosfera, o principal gás do efeito estufa. “A gente tem uma malha rodoviária que estimula o tempo todo o uso de veículos à combustão, mas, sem dúvida alguma, a maior contribuição do Brasil para a emissão de gases do efeito estufa é via desmatamento”, afirma Rafael Rodrigues da Franca, professor do Departamento de Geografia da Universidade de Brasília (UnB).
Para a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, o prejuízo da falta de atitude no passado é enorme. “Agora, nós vamos ter que continuar mitigando, diminuindo a emissão de CO2 para não agravar o problema, não ultrapassar 1,5º C de temperatura da Terra, porque senão, aí, é o caos completo”, afirma.
Desastres
O que aconteceu no Rio Grande do Sul este ano e chamou a atenção de todo o país não é um caso isolado. Desde 2011, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) acompanha eventos extremos que têm se repetido. “A gente tem observado com bastante clareza esse aumento de frequência e da severidade dos eventos, que acabam culminando em impactos muito significativos para pessoas, infraestruturas e meio ambiente”, afirma a diretora do centro, Regina Alvalá.
O programa lembra também histórias de outras tragédias, como os deslizamentos em Petrópolis de 2022, que mataram 235 pessoas e deixaram cerca de 4 mil desabrigadas.