O presidente Jair Bolsonaro se reuniu com diferentes ministros ao longo deste segunda-feira. Ele está sendo aconselhado a se manifestar publicamente e reconhecer o resultado das eleições que deram a vitória ao seu adversário, o petista Luiz Inácio Lula da Silva. Reservadamente, aliados dizem que ele deverá se pronunciar entre esta segunda-feira e terça-feira. Oficialmente, o Palácio do Planalto não se manifestou.
Triste e falando pouco: Bolsonaro diz a ministros que não contestará o resultado e não vai parabenizar Lula
Primeira manifestação após derrota do pai: Flávio Bolsonaro fala em ‘erguer a cabeça’ e ‘não desistir’
Respaldo à democracia: Países coordenaram reconhecimento internacional ‘expresso’ à vitória de Lula
Nas conversas que teve pela manhã, Bolsonaro afirmou que gostaria de dizer que lamenta profundamente a escolha feita pela maioria do eleitorado. Também se mostrou tendente a agradecer por ter tido mais votos do que no primeiro turno e que se tornará o maior líder da oposição conservadora a partir do dia 1ª de janeiro. Esses e outros pontos, contudo, ainda serão discutidos e analisados até que ele bata o martelo.
Aliados que tiveram com presidente relatam que ele está abatido com o resultado. Porém, não veem espaço para que ele conteste a derrota.
Bolsonaro teve reuniões com ao menos oito ministros: Ciro Nogueira (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia), Fabio Faria (Comunicação), Paulo Sergio Nogueira (Defesa)
Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral), Carlos França (Relações Exteriores) e Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União).
A tendência é que esses auxiliares só se manifestem após a fala de Bolsonaro. Na tarde desta segunda, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) publicou uma mensagem afirmando que os apoiadores do presidente devem “erguer a cabeça” e não podem “desistir do Brasil”.