Debate na Record tem ataques a Nunes e Boulos e Marçal apagado

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Em debate com enfrentamento direto, os dois líderes nas pesquisas, Ricardo Nunes e Guilherme Boulos, enfrentaram críticas severas de outros candidatos como Pablo Marçal, Tabata Amaral e Marina Helena. No entanto, Marçal, que buscava destaque, acabou apagado pelos embates mais intensos entre os favoritos à prefeitura de São Paulo.

Nunes e Boulos na mira dos adversários

O nono debate entre candidatos à prefeitura de São Paulo, realizado pela TV Record, neste sábado (28), foi marcado por ataques ao atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). Os dois, que lideram as pesquisas de intenção de voto, enfrentaram questionamentos incisivos sobre suas gestões e propostas.

Tabata Amaral (PSB), em um dos momentos mais tensos do debate, criticou tanto a gestão de Nunes nas creches quanto as posições de Boulos e seu partido em relação às Parcerias Público-Privadas (PPP). A candidata ressaltou que ambos não conseguiram apresentar soluções adequadas para o tema e destacou suas próprias propostas para a área.

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Marçal punido e criticado

Pablo Marçal (PRTB), que buscava atacar os líderes das pesquisas, acabou punido durante o debate após atribuir apelidos pejorativos a Boulos. Ele perdeu 30 segundos de suas considerações finais, o que evidenciou ainda mais seu papel coadjuvante no confronto. Marçal também tentou atacar Nunes em temas como educação, criticando a distribuição de tablets pela atual gestão e mencionando acusações de desvio de merenda, mas suas falas acabaram ofuscadas pelos confrontos diretos entre os líderes.

O debate teve um forte esquema de segurança, após incidentes em debates anteriores, como a famosa “cadeirada” de Datena em Marçal durante o debate da TV Cultura. Nenhum incidente grave ocorreu durante o encontro na Record, embora as críticas entre os candidatos tenham sido duras.

Boulos e a questão habitacional

Guilherme Boulos, ao ser questionado sobre sua política de moradia, defendeu um plano de geração de renda e assistência social para as 80 mil pessoas que vivem nas ruas de São Paulo. Ele afirmou que sua gestão focará na criação de moradias, urbanização de favelas e regularização fundiária. Em resposta às críticas de Tabata e outros candidatos, Boulos ressaltou que não se afastaria das PPPs nas creches, desde que houvesse equiparação nas condições de trabalho dos profissionais.

Durante o debate, Ricardo Nunes foi questionado sobre sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro e a influência do ex-mandatário em seu governo. O prefeito defendeu a figura de seu vice, Mello Araújo, indicado por Bolsonaro, enquanto Boulos criticou duramente o atual prefeito, afirmando que ele vive em uma “cidade de fantasia”.

Datena e a segurança pública

Datena aproveitou o debate para se posicionar como defensor de uma política de “tolerância zero” contra criminosos. Ele questionou Tabata Amaral sobre sua visão para a segurança urbana, sugerindo que a atual gestão de Nunes havia falhado em investir adequadamente na segurança das áreas mais pobres. Tabata propôs medidas como câmeras de vigilância 24 horas e reforço policial nas zonas mais perigosas.

Datena também enfrentou perguntas dos jornalistas sobre seu temperamento explosivo, principalmente após o episódio da cadeirada. Ele defendeu suas ações, afirmando que reagiu em defesa própria e que, como prefeito, continuará agindo com a mesma coragem para governar a cidade de São Paulo.

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