Marçal condiciona apoio a Nunes no 2º turno a pedidos de perdão de Nunes, Tarcísio e Bolsonaro

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Empresário afirmou que acredita que Guilherme Boulos (PSOL) vencerá o segundo turno. Nunes nega apoio de Marçal: “No meu palanque, não”.

Ricardo Nunes (MBD) e Pablo Marçal (PRTB) — Foto: AFP

Pedido de perdão público é exigência de Marçal

O empresário Pablo Marçal, que foi derrotado nas eleições para a Prefeitura de São Paulo, condicionou o seu apoio a Ricardo Nunes (MDB) no segundo turno a um pedido de perdão público do prefeito, do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo Marçal, essa retratação deveria ser feita na imprensa, como um sinal de humildade e reconhecimento de erros cometidos durante a campanha.

Marçal, que obteve 28,14% dos votos no primeiro turno, afirmou em entrevista coletiva que não vê possibilidades de apoiar Nunes. “Eu não vou apoiar Ricardo Nunes e que fique registrado que não vai ter meu apoio pessoal pela arrogância deles”, disse. Ele também afirmou que vai liberar seus eleitores para votarem como quiserem, já que também não apoiará Guilherme Boulos (PSOL).

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Pablo Marçal (PRTB) durante entrevista coletiva em SP — Foto: Reprodução/TV Globo

Na avaliação de Marçal, o psolista tem mais chances de vencer o segundo turno, pois “sabe como sinalizar com o povo”, enquanto Nunes, segundo ele, “não sabe”.

Rejeição de Nunes ao apoio de Marçal

Na segunda-feira (7), Ricardo Nunes foi questionado se aceitaria o apoio de Marçal em sua campanha para o segundo turno. O atual prefeito foi claro ao rejeitar a ideia: “No meu palanque, não”, disse, indicando que não está interessado em uma aliança com o empresário.

Ainda assim, Nunes reconheceu a importância dos eleitores de Marçal na disputa, destacando que precisa conquistar aqueles que “entendem que estamos em uma batalha contra a extrema-esquerda”. No entanto, ele reiterou que não buscará conversar diretamente com o empresário para selar qualquer tipo de apoio.

Tarcísio e Bolsonaro também são mencionados

Além de exigir o pedido de perdão de Nunes, Marçal mencionou também o governador Tarcísio de Freitas e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o empresário, ele manteve uma conversa com um “braço-direito” de Tarcísio, em que o governador teria sugerido uma aliança entre eles. No entanto, Marçal recusou a proposta.

“Você [Tarcísio] precisa ser homem para retratar tudo que você falou. Você falou que eu deveria ser preso, você tem que me respeitar, que eu sempre te respeitei”, disse Marçal durante a coletiva.

Com relação a Bolsonaro, Nunes acredita que o ex-presidente estará mais disponível para apoiá-lo ativamente no segundo turno. “Ele vai ter mais condições de apoiar ativamente. No primeiro turno ele estava muito envolvido com vários municípios fazendo campanha”, afirmou Nunes.

Outros apoios e projeções para o segundo turno

O apoio de Marina Helena (Novo), candidata derrotada no primeiro turno, também foi formalizado nesta segunda etapa das eleições. Ela declarou publicamente sua aliança à campanha de reeleição de Nunes, fortalecendo o grupo de apoio do prefeito contra Boulos.

Apesar dos movimentos de bastidores, Marçal mantém sua postura firme e acredita que Guilherme Boulos vencerá o segundo turno. “O Boulos vai ganhar. Ele sabe como falar com o povo, e o Ricardo [Nunes] não”, afirmou o empresário, destacando a percepção de que Nunes não teria a mesma habilidade de se comunicar com a população paulistana.

A disputa entre Nunes e Boulos promete ser acirrada, com ambos tentando ampliar suas bases de apoio. Marçal, mesmo sem declarar apoio oficial a nenhum dos dois, pode influenciar indiretamente a reta final dessa campanha, principalmente junto aos seus eleitores.

 

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