A pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada no início da noite desta quinta-feira (22), indica um cenário de estabilidade com o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) na liderança com 34% das intenções de voto ao governo de São Paulo, oscilando negativamente dois pontos percentuais.
Empatados tecnicamente na segunda colocação, aparecem Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 23%, e o atual governador e candidato à reeleição Rodrigo Garcia (PSDB), que tem 19%.
PESQUISA DATAFOLHA – GOVERNO DE SÃO PAULO
Intenção de voto estimulada – Divulgada em 22 de setembro
No levantamento anterior, publicado na última quinta (15), já indicava Haddad à frente dos adversários com 36%, e o mesmo cenário de empate técnico entre Freitas e Garcia, que tinham 22% e 19%, respectivamente.
Na última rodada da pesquisa, há uma semana, a briga por uma vaga no segundo turno se acirrou entre Rodrigo, que subira quatro pontos, e Tarcísio, que variara um ponto para cima na ocasião.
A nova pesquisa Datafolha, contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, ouviu 2.000 pessoas, em 86 cidades do estado, de terça-feira (20) a quinta-feira (22). A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, considerando o índice de confiança de 95%. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número SP-07041/2022.
O resultado vem após três confrontos diretos entre os candidatos em debates da TV —o último foi no sábado (17)— e depois de as campanhas terem subido o tom contra adversários nos programas veiculados em rádio e TV.
Rodrigo tem gastado sua munição contra Tarcísio, associando-o ao machismo de Jair Bolsonaro (PL) e a candidatos bolsonaristas polêmicos, além de explorar o fato de que o candidato nasceu no Rio de Janeiro. Nesta quinta, o candidato do Republicanos não soube responder onde é seu local de votação em São José dos Campos (SP).
Tarcísio também tem peças dedicadas a ligar o governador ao seu antecessor João Doria (PSDB), de quem era vice, e que criticam os resultados de São Paulo na segurança pública.
Nesta rodada, Carol Vigliar (UP), Gabriel Colombo (PCB), Elvis Cezar (PDT), Antonio Jorge (DC) e Edson Dorta (PCO) marcam 1% cada. Vinicius Poit (Novo) e Altino (PSTU) não pontuaram.
Brancos e nulos se mantiveram em 11%, e os indecisos, 9% (eram 7%).
Datafolha em São Paulo: Como fica o segundo turno?
No segundo turno, a pesquisa mostra um cenário mais apertado entre Haddad e Rodrigo (5 pontos) do que entre o petista e Tarcísio (11 pontos), o que tem estimulado a estratégia tucana de pregar o voto útil no governador contra o PT.
Haddad tem 46% contra 41% de Rodrigo (era 47% a 41%, uma diferença de 6 pontos, na última pesquisa). Entre Haddad e Tarcísio, o placar é de 49% a 38% a favor do petista (antes era de 54% a 36%, diferença de 18 pontos).
Se a segunda etapa ocorrer entre Haddad e Tarcísio, os eleitores de Rodrigo iriam para Tarcísio (45%) e Haddad (35%).
Já se o segundo turno for entre Haddad e Rodrigo, os eleitores de Tarcísio declaram migrar para o tucano em sua maioria (67%) ante 11% para o petista.
Datafolha em São Paulo: Pesquisa espontânea
Segundo a pesquisa espontânea, em 15 de setembro eram 44% os que não sabiam em quem votar (índice que vem caindo desde junho, quando eram 72%). Agora, 41% não sabem dizer em qual candidato irá votar.
Ainda de acordo com a pesquisa espontânea, Haddad marca 21% (tinha 19%), Tarcísio 13% (12%) e Rodrigo mantém 9%.
O levantamento mostra ainda que 62% dos entrevistados dizem estar decididos sobre seu voto, enquanto 37% ainda podem mudar. Há uma semana, eram 62% os convictos e 38% os voláteis.
Os eleitores de Haddad e Tarcísio são os mais convictos. São 67% de decididos para ambos, enquanto 32% do ex-prefeito podem mudar e 33% do ex-ministro podem mudar. Para Rodrigo, as marcas são de 59% a 41%, respectivamente.
O ranking dos candidatos enquanto segunda opção de voto tem Rodrigo (20%), Haddad (15%) e Tarcísio (14%), seguidos de Carol (7%), Gabriel (3%) e Elvis, Poit, Antonio, Altino e Dorta (2% cada).
A segunda opção de eleitores de Haddad é Rodrigo (para 26%) e Tarcísio (para 20%). Entre eleitores de Tarcísio, a divisão é: 37% para Rodrigo e 15% para Haddad. Já a segunda opção de voto dos eleitores de Rodrigo é Haddad (para 30%) e Tarcísio (26%).
Datafolha em São Paulo: Conhecimento dos candidatos
No total, 56% dos entrevistados não sabe o número do seu candidato ao Governo de São Paulo —40% acertam e 4% erram.
Os eleitores de Haddad são os que mais acertam (53%) ante 46% que não sabem e 1% que erra. Para Tarcísio, 56% não sabem, 36% acertam e 7% erram. Já entre os que votam em Rodrigo, 60% não sabem o número, 34% acertam e 5% erram.
Haddad continua sendo o candidato mais conhecido (por 92% dos entrevistados), embora a parcela daqueles que declaram conhecer Tarcísio e Rodrigo tenha subido de 56% para 60%.
Em seguida, os mais conhecidos são Poit (16%), Gabriel (13%), Dorta (11%), Altino (10%), Elvis (10%), Carol (10%) e Antonio (8%).
Datafolha em São Paulo: Taxa de rejeição aos candidatos
A taxa de rejeição tem relação com o nível de conhecimento dos candidatos pela população. O mais rejeitado é Haddad —39% declaram que não votariam nele de jeito nenhum.
Tarcísio e Rodrigo, que são igualmente conhecidos, têm taxas de rejeição diferentes —27% para o bolsonarista e 19% para o tucano.
Entre os postulantes que têm 1% ou menos das intenções de voto, o índice de rejeição é de 19% para Altino, 16% para Elvis e Antonio, e 15% para Edson, Gabriel, Poit e Carol. Há 3% que rejeitam todos, e 12% que não sabem.
Datafolha em São Paulo: Avaliação do governo do PSDB
A pesquisa mostra ainda que a avaliação do governo Rodrigo Garcia interrompeu a trajetória de alta. O tucano assumiu o Palácio dos Bandeirantes em abril.
O tucano tem a gestão considerada ótima ou boa por 27% (eram 31%). Outros 15% (antes 13%) a avaliam como ruim ou péssima.
Há ainda 46% que consideram o trabalho de Rodrigo regular (eram 42%), e 12% (13%) não sabem.
Pesquisas eleitorais, como saber em quais posso confiar?
Em meio a essa diversidade de levantamentos existentes no Brasil, muitos eleitores não sabem em quais resultados acreditar.
No primeiro dia do ano passou a ser obrigatório (leia a resolução clicando aqui)o registro junto à Justiça Eleitoral de qualquer pesquisa pública relacionada às eleições para presidente e governador. Porém, se uma pesquisa está registrada não necessariamente significa que ela será confiável, isso porque não há nenhum tipo de fiscalização prévia sobre a metodologia desses levantamentos.
Atualmente, a confiabilidade das pesquisas é garantida no Brasil por meio da transparência. São algumas das informações que devem ser cadastradas junto à Justiça Eleitoral, tornando as pesquisas passíveis de contestação, caso qualquer irregularidade seja encontrada posteriormente:
- Nome do contratante
- Valor cobrado pela pesquisa
- Origem dos recursos investidos
- Metodologia
- Período de realização
- Sistema de fiscalização da coleta de dados
- Tipo de questionário aplicado
Para identificar os atributos que mais merecem atenção nas pesquisas eleitorais, a reportagem do Yahoo! Notícias conversou com alguns especialistas no assunto e separou uma lista com os pontos mais importantes, confira aqui.
Qual a data das Eleições 2022?
O primeiro turno das eleições será realizado no dia 2 de outubro, um domingo. Já o segundo turno – caso necessário – será disputado no dia 30 de outubro, também um domingo.
Veja a ordem de escolha na urna eletrônica nas Eleições 2022
- Deputado federal (quatro dígitos)
- Deputado estadual (cinco dígitos)
- Senador (três dígitos)
- Governador (dois dígitos)
- Presidente da República (dois dígitos)
Fonte: Yahoo