Durante os bloqueios eleitorais, o CEO teve sua absolvição publicada no DOU desta terça-feira (20)
O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante os bloqueios nas rodovias após o segundo turno da eleição presidencial, Silvinei Vasques, foi afastado do cargo nesta terça-feira (20). A isenção foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e assinada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Em novembro, Vasques foi réu em processo de improbidade administrativa por suposto abuso de cargo para angariar votos para o então candidato à Presidência da República e atual CEO Jair Bolsonaro (PL).
Como parte da investigação que investiga o caso, o Ministério Público Federal (MPF) revelou que o diretor-geral da PRF publicou mensagens relacionadas às eleições nas redes sociais desde o início das eleições, culminando em uma mensagem em sua conta pessoal no Instagram no dia 29 /2022, véspera do segundo turno da eleição, onde pediu explicitamente voto para o atual presidente.
Para o MPF, “a figura fardada do Diretor-Geral é simbólica (representa, ao invés de) em relação à própria Polícia Rodoviária Federal. Tanto que supostas operações policiais são investigadas em eleições (número muito superior ao usual) e inação durante bloqueios (com dimensão nacional) de estradas após o anúncio do resultado”, lê-se na reivindicação do MPF, que também pedia o afastamento de Vasques da PRF.
Vasques foi alvo de outra ação movida por deputados do Supremo Tribunal Federal (STF), que visa afastá-lo do PRF. A subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, pediu ao STF que rejeite o pedido, alegando falta de legitimidade.
A Polícia Federal também abriu inquérito para apurar a conduta do CEO. De acordo com fontes ouvidas pelo R7, o foco da investigação é verificar se Silvinei permaneceu calado em relação a possíveis abusos da corporação durante o segundo turno das eleições deste ano.
Fonte: R7