Presidente defende a unidade e a democracia no Dia da Independência, afastando histórico antidemocrático de desfiles em Brasília.
Em um pronunciamento na véspera do Dia da Independência do Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou a mensagem de que o 7 de Setembro não será um dia de ódio ou medo, mas um dia de união. Ele destacou que é fundamental lembrar que o Brasil é “um só” e que, apesar das diferenças, todos fazem parte de uma nação única e extraordinária.
União no Dia da Independência:
Lula enfatizou a importância da união dos brasileiros, mesmo aqueles que têm preferências políticas distintas. Ele destacou que o país pode abraçar diferentes sotaques, times de futebol, religiões e candidatos políticos, mas, no fim das contas, todos compartilham a mesma pátria. Essa mensagem visa a promover a coesão nacional em um momento em que o país enfrentou polarização e conflitos nos anos anteriores.
Mudanças no Desfile em Brasília:
O pronunciamento de Lula reflete os esforços do governo em dar uma nova identidade ao tradicional desfile do 7 de Setembro em Brasília. O slogan deste ano, “Democracia, soberania e união”, evidencia a busca por afastar o histórico antidemocrático observado nos últimos anos, incluindo atos golpistas em 8 de janeiro. A atual administração procura transmitir a mensagem de que a data deve ser um momento de celebração da democracia e da unidade nacional.
Independência do Brasil em Destaque:
O 7 de Setembro marca a celebração dos 201 anos da Independência do Brasil. Os desfiles começaram a ocorrer após a proclamação da República, em 1989, segundo o Arquivo Histórico do Exército. Entretanto, nos últimos anos, o evento ganhou contornos políticos e ideológicos que extrapolaram seu caráter original.
Polarização e Conflitos Anteriores:
Nos últimos dois anos, o desfile cívico-militar se tornou palco para polarização política e até mesmo ataques às instituições democráticas. Em 2021, o então presidente Jair Bolsonaro usou o espaço para atacar autoridades do Judiciário, enquanto manifestações paralelas apresentaram discursos antidemocráticos. No ano seguinte, em 2022, o ex-presidente utilizou o palanque para pedir votos, contribuindo para um ambiente de polarização e incitação ao golpismo, que culminou com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília no início de 2023.
Reforçando a Defesa da Democracia:
No pronunciamento, Lula reiterou seu compromisso com a democracia, destacando que ela é a base para a realização dos sonhos dos brasileiros. Ele enfatizou que a democracia não é apenas a matéria-prima para esses sonhos, mas também a ferramenta para torná-los realidade. O presidente ressaltou que a independência do Brasil ainda está em construção e que isso requer alicerces sólidos, como democracia, soberania e união.
Soberania e Desenvolvimento:
Lula também abordou o segundo alicerce da independência: a soberania. Para ele, a soberania não se limita à defesa das fronteiras, mas também envolve a proteção de empresas estratégicas, bancos públicos e riquezas minerais. Ele enfatizou a importância de fortalecer a agricultura e a indústria e de preservar o meio ambiente. Lula afirmou que soberania significa igualdade de acesso a serviços essenciais, combatendo todas as formas de desigualdade.
O Futuro do Brasil:
No encerramento de seu pronunciamento, Lula reforçou a necessidade de união, destacando que ela só pode ser alcançada sem ódio. Ele enfatizou os avanços econômicos e sociais alcançados em seu governo e mencionou programas como o Brasil sem Fome e o Novo PAC, que visam melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Lula reforçou seu compromisso com a democracia, a soberania e a união, apontando o caminho para um Brasil mais desenvolvido, justo, solidário e independente.