Sócio de empresas de ônibus na zona sul de São Paulo e no ABC Paulista, José Antonio Guerino, 47, foi morto com tiros de fuzil no início da noite de ontem em um bar no bairro Campánario, em Diadema (Grande São Paulo).
Segundo a Polícia Militar, Guerino jogava baralho com amigos quando dois homens encapuzados chegaram e atiraram várias vezes contra ele. Os criminosos fugiram em um Ford Escort prata, cujas placas não foram anotadas.
Câmeras de segurança da região podem ter registrado a fuga dos assassinos. O caso foi registrado no 3º Distrito Policial de Diadema, mas vai ser investigado pelo Setor de Homicídios do município.
O crime aconteceu às 18h22 na rua Alfenas, 976. No local foram apreendidos cartuchos de calibre 762. Uma equipe de peritos da Polícia Científica esteve no local em busca de possíveis provas que possam ajudar a elucidar o caso.
Após pesquisas realizadas nos sistemas de inteligência, a Polícia Militar afirmou que Guerino tinha envolvimento com o PCC (Primeiro Comando da Capital).
Segundo a PM, Guerino tinha passagens por roubo, corrupção de menores e porte de arma. Ele era atualmente funcionário do gabinete do deputado estadual Márcio da Farmácia (Podemos). A polícia disse ainda que Guerino foi segurança particular do ex-vereador Pretinho, de Diadema, que foi candidato a prefeito no município.
Guerino era um dos sócios da A-2 Transportes, empresa de ônibus que atua no subsistema da zona sul de São Paulo. A empresa teve origem na Cooperativa Líder, de Diadema.
Policiais militares chegaram a informar também que a vítima era diretor do Esporte Clube Água Santa, da cidade de Diadema, que chegou a disputar a primeira divisão do futebol paulista no ano passado, mas foi rebaixado novamente.
A assessoria de imprensa do clube informou ao UOL que Guerino não é diretor do Água Santa, mas, sim, sócio da Cooperativa Líder de Diadema, cujo presidente da empresa, Paulo Korek Farias, também preside o time de futebol de Diadema.
A Polícia Civil investiga se o assassinato de Guerino pode ter relação com os negócios da empresa de transportes. Segundo o Ministério Público Estadual, integrantes do PCC administram cooperativas de ônibus em municípios da Grande São Paulo e também em alguns bairros da capital.
Há inclusive processo em andamento na Justiça de São Paulo sobre a participação de integrantes do PCC acusados por associação criminosa e tráfico de drogas, exercendo cargo de diretores de cooperativas de transporte alternativo.
Fonte: Uol