Le Parisien e L’Equipe detalham bastidores da crise: projeto vendido por clube ao camisa 7 e ao diretor luis Campos era contratação de Lewandowski e negociação do brasileiro
Uma bomba relógio que explodiria a qualquer hora. Assim o Le Parisien descreveu como era tratada a crise entre PSG e Mbappé dentro do clube. O jornal detalhou os bastidores da ruptura na relação do jogador com o clube, que inclui a tensão entre o camisa 7 e Neymar.
Segundo a publicação, o projeto vendido ao atacante francês na renovação de contrato foi a contratação de um camisa 9 para atuar ao seu lado. Ele seria Lewandowski. Com isso, Neymar seria negociado por ocupar o mesmo setor em campo que Mbappé. Mas isso não aconteceu.
O Le Parisien diz que a ordem de negociar Neymar partiu do Catar, que é dono do clube. Mas a diretoria não encontrou uma saída para o brasileiro no mercado. O próprio jornal noticiou que o camisa 10 foi oferecido ao Manchester City, que recusou a transferência.
Contratado após a renovação com o Paris, o diretor esportivo Luis Campos também não se opunha à saída de Neymar por entender que ele e Mbappé dividem a mesma posição. O brasileiro não deixou o PSG e não quer deixar o time. E, segundo o Le Parisien, está convencido de que o francês pediu sua saída do clube.
A tensão na relação dos dois atacantes ficou evidente na atual temporada e foi tema de reportagem do L’Equipe há duas semanas. Em campo e no dia a dia, ambos procuram não criar conflitos. Mas a comissão técnica acredita que esse distanciamento dos dois craques afetou o ambiente no vestiário e a evolução do time.
Insatisfação também de Luis Campos e Galtier
Mbappé gostaria de atuar no esquema 4-4-2, com um centroavante ao seu lado no ataque. Por isso, a promessa de que Lewandowski seria seu companheiro. O atual esquema de Christophe Galtier, com três zagueiros, não o agrada.
O L’Equipe também destaca a informação de que a contratação do atual camisa 9 do Barcelona foi prometida a Mbappé e Luis Campos pelos donos do clube. O PSG pretendia arrecadar pelo menos 150 milhões de euros na venda ou transferências de alguns jogadores para ir ao mercado.
O meia-atacante Bernardo Silva, do Manchester City, os zagueiros Skriniar, da Inter de Milão, e Fofana, ex-Leicester e agora no Chelsea, também estavam na lista. Mas o Paris acabou com nomes como Soler, do Valencia, e Fabián Ruiz, do Napoli.
Segundo o L’Equipe, Campos tem atritos com o presidente do PSG, Nasser Al-Khelaïfï, que foi obrigado a aceitar a chegada do português por imposição do governo do Catar. Mas Khelaïfï buscou outro português, Antero Henrique, para integrar a diretoria e ficar a cargo das transferências.
As contratações frustradas e a relação com o presidente do PSG também desagradam Luis Campos. Tanto Le Parisien quanto o L’Equipe indicam que o dirigente português deixaria o clube em uma eventual saída de Mbappé. Com isso, Christophe Galtier, treinador de confiança de Campos, seguiria o mesmo caminho.
Fonte: GE
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