Advogado de vítima afirma que jovem reconheceu Cuca como agressor

Técnico do Corinthians foi condenado na Suíça por violência sexual contra uma adolescente de 13 anos em 1987

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A contratação de Cuca foi alvo de protestos da torcida corintiana (Rodrigo Coca/Agência Corinthians)
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O advogado da adolescente vítima de abuso, afirmou, nesta terça-feira (25), que Cuca foi reconhecido pela jovem como um dos agressores. Quatro dias atrás, o brasileiro alegou inocência no crime em que foi condenado nos anos de 1987, quando ainda era jogador.

Advogado da vítima que afirmou que a jovem tinha o reconhecido como um dos abusadores. Quatro dias após o anúncio de Cuca como novo técnico do time, o esportista alegou inocência no crime em que foi condenado nos anos de 1987, quando ainda era jogador. O técnico do Corinthians nega participação em caso de violência sexual, e tem sua versão contestada pelo a

“A declaração de Alexi Stival [Cuca] é falsa, na época a garota o reconheceu como um dos estupradores. E, ele foi condenado por relações sexuais com uma menor”, disse o advogado suíço Willi Egloff em entrevista ao portal UOL. 

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Outro fato confirmado pelo advogado foi sobre as notícias publicadas pelo jornal suíço Der Bund, de Berna, em 1989, depois do veredito. O artigo aponta que foi encontrado sêmen de Cuca na adolescente. Segundo o advogado, o exame foi realizado pelo Instituto de Medicina Legal da Universidade de Berna.

Cuca nega que tenha cometido o abuso. Na última semana, disse em coletiva de imprensa, que por três vezes a vítima “não o reconheceu” como um dos jogadores envolvidos no caso. “Se tivesse acontecido agora, ia me favorecer muito. Você ia ouvir a moça dizendo: “Não, ele não estava. Não, ele não estava. Não, ele não estava”. Foram três vezes. Pronto”, disse. O boleiro foi condenado a 15 meses de prisão, algo que, segundo o mesmo, ocorreu “à revelia”, embora tenha tido defesa paga pelo Grêmio.

O zagueiro Henrique Arlindo, o goleiro Eduardo Hamester e o jogador Fernando Gaúcho também estavam com Cuca no crime de abuso sexual em 1987, que ficou conhecido como “escândalo de Berna”.

Dois anos após o ocorrido, Cuca, Eduardo e Henrique foram condenados a 15 meses de prisão por atentado ao pudor com uso de violência. Fernando foi absolvido da acusação de atentado ao pudor e condenado por estar envolvido no ato de violência. Como o Brasil não extradita seus cidadãos, eles nunca cumpriram a pena.