Argentino é pego no doping e Colonese deve herdar bronze do Pan

O nadador baiano Victor Colonese deve herdar o bronze na prova da maratona aquática (10 quilômetros) dos Jogos Pan-Americanos de Lima do ano passado. O brasileiro, que havia finalizado originalmente a prova em quarto lugar, foi beneficiado com a decisão da Federação Internacional de Natação (FINA) de punir o argentino Guillermo Bertola por dopping e retirar a medalha de prata do nadador.

No domingo (07), Bertola disse ao jornal argentino Mundo D que ficou muito triste e desiludido quando ficou sabendo da punição. Ainda, conforme o publicação argentina, a sanção já chegou à Confederação de Natação do país vizinho (CADDA). Um dirigente do órgão disse ao jornal que o nadador recebeu a pena máxima, ou seja, suspensão de janeiro de 2020 a janeiro de 2024, além de perder todos os resultados esportivos e financeiros obtidos entre 2018 a 2019. Bertola foi punido por ter feito uma transfusão sanguínea em 2018; ação que, se ocorrer sem o acompanhamento médico, é considerada ilegal. Na mesma matéria do jornal Mundo D, o argentino confirmou que realizou esse procedimento em 2018 antes da travessia Santa Fé / Córdoba, na Argentina.

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), contatados pela Agência Brasil, disseram que ainda não foram notificados oficialmente pela FINA.

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Originalmente, a prova em Lima no ano passado foi vencida pelo equatoriano Esteban Enderica. Bertola foi o segundo e Taylor Abbott, dos Estados Unidos, tinha ficado em terceiro. O brasileiro Victor Colonese chegou na quarta colocação apenas um segundo atrás de Abott. Com a punição, o americano herdará a prata e o brasileiro receberá o bronze.

Victor Colonese disse que jjá sabia que iargentino poderia ter punição – Satiro Sodré/rededoesporte.gov.

Em contato com a Agência Brasil, Victor Colonese disse que já sabia que Bertola estava suspenso previamente desde janeiro e que ele seria julgado. A notícia da punição chegou ao brasileiro ontem (9). “Estava nadando aqui em São Vicente (SP), onde podemos entrar no mar, e, quando saí da água, vi que tinha várias ligações no celular. Foi tudo muito rápido. Fiquei sem chão, sem acreditar. Muito feliz, até porque já sabia que isso poderia ocorrer. Tinha falado com várias pessoas sobre isso. É uma medalha histórica, iguala a conquista do Allan depois de 12 anos. Agora o Pan de Lima passa a ser o segundo no qual o Brasil conquistou medalhas no masculino e no feminino. O quarto lugar já era uma marca muito boa, mas essa conquista me traz uma satisfação muito grande. Objetivo alcançado. Essa notícia ter chegado também nesse momento de dificuldades pela pandemia vai motivar mais ainda para seguir treinando para buscar a minha vaga em Tóquio”, disse o nadador.

Victor disse ainda que conversou com pessoas da CBDA e, segundo ele, a sentença já está definida. “Foi o quê me falaram. Já foi determinada a sentença. Estão respeitando apenas os trâmites legais para oficializarem. Essa foi a explicação que eu recebi da CBDA”, comentou Victor à Agência Brasil.