Brasil demora a engrenar, mas bate Tunísia na estreia do vôlei masculino em Tóquio

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Seleção começa mal, cede muitos pontos, mas mantém controle da partida e vence por 3 a 0

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Parecia um rival fácil. Uma estreia, porém, sempre carrega uma bagagem a mais de ansiedade. Diante da Tunísia, a mão falhou em alguns momentos, o passe estourou, mas o Brasil soube controlar os ânimos para vencer na estreia das Olimpíadas de Tóquio. Se o desempenho não foi dos melhores, o time de Renan Dal Zotto mostrou força ao reagir nos piores momentos para bater os rivais em 3 sets a 0, parciais 25/22, 25/20 e 25/15, na Arena Ariake.

A partida também marcou o retorno de Renan Dal Zotto ao comando da seleção. O técnico, que passou mais de um mês internado por conta do coronavírus, ficou fora da conquista da Liga das Nações. Na estreia da seleção, não se poupou: correu, gritou e cobrou (muito) o time nos piores momentos. Mas também festejou a primeira vitória da equipe em Tóquio.

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Brasil festeja ponto contra a Tunísia na estreia — Foto: Getty Images

Próximo jogo

O Brasil volta à quadra na próxima segunda-feira. A seleção encara a Argentina, às 9h45, novamente na Arena Ariake, em Tóquio. A TV Globo e o SporTV transmitem a partida ao vivo.

E como fica?

É só a estreia, é verdade, mas o Brasil larga bem no grupo B, com uma vitória por 3 a 0 e três pontos na conta. Os principais rivais, porém, ainda farão a estreia em Tóquio. No grupo, além de Tunísia e Argentina, a seleção ainda tem Rússia, Estados Unidos e França.

Resumo do jogo

Não foi uma estreia dos sonhos, mas foi o suficiente. Nos dois primeiros sets, diante de uma frágil, mas esforçada Tunísia, o Brasil cometeu erros e abriu espaço para sustos. A seleção, porém, tem a casca de quem conhece o caminho da vitória mesmo nos dias menos inspirados. No terceiro set, tomou conta da partida e fechou a conta.

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Isac ataca contra o bloqueio da Tunísia — Foto: REUTERS

1° set: Sufoco e virada na marra

A mão descalibrada no início indicou a tensão natural de uma estreia. Diante do adversário mais fraco do grupo, o Brasil teve problemas para entrar no jogo. Ao errar mais do que o normal, principalmente no ataque, a seleção viu a Tunísia abrir 8/4 até com certa facilidade. Renan, então, parou a partida e tentou arrumar a casa.

Não foi assim tão fácil engrenar. O Brasil tinha problemas na recepção e na hora de finalizar as jogadas. Demorou, mas o empate chegou. Lucarelli deixou tudo igual em 16/16, e foi a vez de a Tunísia pedir tempo. Mas o Brasil, enfim, acordou. Ainda que não fizesse uma partida à altura do esperado, passou à frente e abriu 20/18. A Tunísia voltou a buscar o empate com um ace de Ben Othmen. A reação, porém, não durou muito. Em um bloqueio de Lucarelli, o Brasil fechou em 25/22.

2° set: Novos erros, mas Brasil aumenta a vantagem

Parecia um replay do início do jogo. A seleção, sempre tão estável, parecia ter problemas para se encontrar. Eram erros de passe e de ataque em sequência, facilitando o trabalho do bloqueio da Tunísia. Assim, a Tunísia não demorou a abrir vantagem mais uma vez na partida. Ben Tara era o principal nome do time africano até ali. Mais uma vez, no entanto, o Brasil foi buscar.

Ao tentar acertar o passe, Renan colocou Douglas Souza no lugar de Leal. Aos poucos, o Brasil retomou o controle do jogo. A Tunísia, por sorte, também errava. Em uma dessas falhas, o time brasileiro abriu 18/16. Àquela altura, a seleção passou a contar com as pancadas de Wallace, maior pontuador até ali. O ponto final, porém, foi de Douglas Souza: 25/20.

3° set – Seleção, enfim, domina e fecha a conta

No terceiro set, a seleção, enfim, entrou nos eixos. Sem dar espaços para que a Tunísia ensaiasse uma nova pressão, o Brasil disparou no placar logo de início. Em um belo ace de Wallace, 11/3 de vantagem. Renan, então, deu espaço para outros reservas. Cachopa, Alan e Maurício Borges, além de Douglas, que permaneceu em quadra, mantiveram o ritmo até o fim: 25/15.

Fonte: GE