Com surfe progressivo, Filipinho supera Ethan Ewing no Finals e mantém hegemonia brasileira. Caroline Marks bate Carissa Moore e vence entre mulheres.
Filipe Toledo alcança o ápice de sua carreira ao se tornar bicampeão mundial de surfe, elevando o Brasil a um impressionante 7º título na World Surf League (WSL), a mais importante competição do esporte. O feito foi conquistado após uma emocionante disputa no Finals da temporada 2023, realizada em Trestles, na Califórnia, neste sábado.
A conquista de Filipe Toledo é notável, tornando-o apenas o segundo brasileiro na história a somar mais de um título mundial, igualando-se a Gabriel Medina, tricampeão mundial. Toledo surfou com a precisão e maturidade de quem se sente em casa, já que é morador de Trestles há quase uma década.
A final colocou frente a frente dois estilos de surfe distintos, com Ethan Ewing mantendo uma abordagem mais clássica, enquanto Filipe trouxe o estilo progressivo do surfe brasileiro moderno, combinando linhas progressivas com a execução de aéreos ousados.
Na primeira bateria, Ethan iniciou com uma nota 7.33, enquanto Filipe registrou 7.00. A batalha foi intensa, com Filipinho surfando uma onda incrível, avaliada em 9.00, o que o levou a liderar. A competição acirrada viu Filipinho manter a prioridade no final da bateria, vencendo Ethan por 17.97 a 17.23.
Na segunda bateria, a estratégia desempenhou um papel crucial devido à falta de ondas. Filipe Toledo, com muita astúcia, fabricou uma nota 5.17 e, com Ethan “sentado” na prioridade, conquistou uma nota 7.50 para garantir seu bicampeonato mundial.
O emocionante momento em que Filipe saiu da água e comemorou com sua família e fãs brasileiros invadindo a praia de Trestles marcou a consagração do bicampeão.
Com esta vitória, o Brasil agora acumula sete títulos mundiais na WSL, reforçando sua posição de destaque no cenário do surfe internacional.
Ethan Ewing e sua Jornada Incrível
Ethan Ewing, o competidor australiano na final, também merece reconhecimento por sua notável jornada. Três semanas antes do evento, ele sofreu uma fratura em duas vértebras durante o treinamento para a última etapa da temporada regular, no Taiti. A lesão levantou dúvidas sobre sua participação no Finals, mas Ewing não apenas competiu como também avançou na competição.
Ewing eliminou o brasileiro João Chianca e o californiano Griffin Colapinto, superando adversários fortes no caminho para a final. Sua determinação e capacidade de surfar com dor são dignas de admiração e mostram a resiliência dos atletas de surfe.
Caroline Marks Supera Carissa Moore
No feminino, a jovem norte-americana Caroline Marks conquistou o título ao vencer a pentacampeã mundial Carissa Moore. Moore, apesar de sua liderança na temporada regular, não conseguiu se adaptar ao formato do Finals e cedeu o título para Marks.
Na final feminina, Marks exibiu consistência e precisão, somando uma pontuação total de 17.10 contra 14.97 de Moore na primeira bateria. Na segunda bateria, mais uma vez, Caroline Marks se destacou, vencendo por 14.60 a 13.53, garantindo sua vitória por 2 a 0 sobre Carissa Moore e entrando para a lista seleta de campeãs mundiais.
A conquista de Caroline Marks marca um momento importante na sua carreira e reforça a competitividade crescente no surfe feminino. Com Filipe Toledo e Caroline Marks como campeões, o mundo do surfe está repleto de talento jovem e promissor.
Final feminina
- Caroline Marks (EUA) 17.10 x 14.97 Carissa Moore (HAV)
- Caroline Marks (EUA) 14.60 x 13.53 Carissa Moore (HAV)